No acordo de colaboração premiada homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Mauro Cid deu informações sobre personagens que, até então, apareciam lateralmente, sem muito alarde, nas investigações envolvendo Bolsonaro.
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A inclusão desses novos nomes foi essencial para que a Polícia Federal e o STF concordassem em celebrar o acordo. Isso porque, antes mesmo de o tenente-coronel decidir falar, Alexandre de Moraes acreditava já possuir elementos para condenar Bolsonaro por peculato e associação criminosa no caso das joias sauditas.
Como o depoimento que embasou o acordo é guardado a sete chaves, pouco se sabe sobre os nomes incluídos por Cid. Por outro lado, resta evidente que informações sobre deputados e senadores, detentores de foro privilegiado, são valiosíssimas para Moraes.
É com base nesses investigados com foro que o ministro mantém sob seu guarda-chuva a relatoria do inquérito. Do contrário, o caso teria de deixar o STF e migrar para a primeira instância, uma vez que, ao deixar a Presidência, Bolsonaro perdeu a prerrogativa de foro.
Como mostrou a coluna, Alexandre de Moraes já tem resposta ao questionamento, feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sobre a competência do STF para julgar o ex-presidente.
O ministro argumentará que há um ponto em comum envolvendo os atos antidemocráticos, a fraude em cartões de vacinação e a venda das joias: todos os supostos crimes teriam sido cometidos por uma mesma organização criminosa encabeçada por Bolsonaro e ladeada por deputados e senadores.
Daí a competência do Supremo para julgá-los todos, inclusive os não detentores de foro privilegiado.
Fonte: Portal Metrópoles.
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