O deputado estadual e líder do Solidariedade na Assembleia Legislativa anunciou em entrevista à Folha que o partido pode embarcar na base governista de Raquel Lyra. Embora soe como estranho tendo em vista que o Solidariedade é o partido da ex-deputada Marília Arraes com quem Raquel Lyra concorreu e venceu o segundo turno, o alinhamento é algo bastante natural. Ora, o partido tomou forma em Pernambuco fazendo oposição ao PSB que governava o estado na época.
Fazia parte da oposição ao PSB além do Solidariedade, o União Brasil, o PL e o PSDB. De todos estes, venceu o PSDB. Logo, o que é natural é que os partidos que eram oposição se tornem aliados. Se a meta era tirar o PSB, ela foi alcançada. Cabe então aos demais partidos agirem com paciência tendo em vista que o rosto escolhido entre os oposicionistas para comandar o estado foi o de Raquel Lyra.
Se lá na frente o ex-prefeito Miguel Coelho se unir ao PSB (por exemplo, só a título de situação hipotética) quem estará rasgando o discurso espalhado durante a campanha será Miguel e não Raquel. O mesmo se pode dizer de Marília Arraes e de Anderson Ferreira. Agora é natural que qualquer um destes queiram apresentar um novo projeto político para Pernambuco.
Tanto Marília Arraes, quanto Miguel Coelho e Anderson Ferreira e a própria governadora Raquel Lyra cumpriram o seu papel na eleição de 2022 que foi o de tirar do poder um partido que governava Pernambuco desde o ano de 2007. Algo que foi tentado antes pelo DEM, MDB e pelo PTB e não foi obtido sucesso. Apenas agora e depois de um longo cansaço de 16 anos é que um partido de oposição passou a ser governo. Lógico que os deputados do Solidariedade queriam que fosse Marília quem ocupasse a cadeira de governadora mas a população não decidiu assim. Agora é hora de se reorganizar dentro do cenário político atual, até porque o principal partido de oposição hoje é o PSB e não o Solidariedade.
Se e somente se
Se dependesse da ex-deputada Marília Arraes, os quatro deputados estaduais fariam uma oposição ferrenha a governadora Raquel Lyra, como a própria Marília faz em suas redes sociais. Dos quatro deputados estaduais da legenda, apenas Lula Cabral disse que prefere seguir de forma independente.
Manter-se
O fato é que Marília pretende deixar um clima de rivalidade eleitoral ainda da eleição de 2022 no ar para manter seu nome como opção para 2026. Sem mandato, Marília precisará correr contra o tempo para manter-se na mídia embora muitas pessoas acreditem que a ela só restará apenas disputar uma vaga na Câmara Federal mas que para isso dependeria de uma boa vontade da irmã, Maria Arraes que está no mandato.
Agenda
A governadora Raquel Lyra participa da assinatura do Acordo Interfederativo com ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes
Aliado de Raquel
O petista Luiz Aroldo, prefeito de Águas Belas, reiterou seu apoio e parceria com a governadora Raquel Lyra. Segundo Aroldo, "A governadora tem compromissos assumidos com o povo de Águas Belas, como a conclusão da Adutora da Agreste, a retomada das obras da PE-244, a construção da quadra poliesportiva e de uma nova escola para o povo indígena Fulni-ô”. Quem também se posicionou reafirmando a parceria com a governadora Raquel Lyra foi a prefeita Márcia Conrado de Serra Talhada.
Sem cercear a liberdade
Embora o deputado Clodoaldo Magalhães (PV) queira que o partido vá para a oposição a Raquel Lyra, o parlamentar deverá contar apenas com Gilmar Júnior. Clodoaldo disse entretanto que não haverá cerceamento com os deputados que estão votando com o governo. João de Nadegi e Joaquim Lira são aliados da tucana e assim deverão permanecer mesmo com a legenda fechando questão pela oposição.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte:Blog do Silvinho.
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