Filho de um dos governadores mais bem avaliados e populares do Brasil nas últimas décadas, o prefeito João Campos (PSB) carrega sobre os ombros desde muito jovem o peso das inevitáveis comparações com o pai, o ex-governador Eduardo Campos, morto em 2014 em um acidente de avião em São Paulo.
Mas, o fato é que se alguém apostou contra João, perdeu a aposta. Com menos de trinta anos ele foi recordista de votos no estado para deputado federal, com mais de 460 mil votos, e hoje administra uma das maiores e mais importantes capitais do país, conseguindo emplacar uma agenda de desenvolvimento que vem sendo ovacionada no cenário político local e nacional, apontado, inclusive, como um dos governadores mais dinâmicos do Brasil.
Apesar de não dispor da mesma estrutura política que Eduardo tinha no passado, é notório que João herdou a habilidade política do pai e do avô, Miguel Arraes. Herdou a capacidade de diálogo, o trato manso, o olhar visionário e a capacidade de mover o tabuleiro político para fortalecer os projetos do PSB e da Frente Popular.
E essa habilidade foi comprovada mais uma vez com a costura de alianças importantes para sua reeleição em 2024, e obviamente para fortalecer seus planos políticos para 2026. Em poucos dias, o menino de Eduardo conseguiu atrair de volta o clã dos Coelhos e o grupo do Avante para a Frente Popular, evitando que ambos se alinhassem à governadora Raquel Lyra, como aconteceu recentemente com o PSD de André de Paula.
Futuro em jogo – A conjuntura política atual deve levar Marília Arraes a uma aproximação com o primo João Campos. Sem cargo no governo Lula, com a debandada dos deputados do Solidariedade para a base de Raquel e agora com a aliança do Avante de Sebastião Oliveira com João Campos, a neta de Arraes poderá retornar à Frente Popular para não ficar isolada politicamente em Pernambuco. Nos bastidores comenta-se que João quer a prima prefeita de alguma cidade importante da Região Metropolitana do Recife em 2024.
Prego batido – A aliança de João Campos com os Coelhos já é prego batido e ponta virada. Agora só falta oficializar e decidir quem assume a Secretaria de Turismo da capital. Será Miguel ou o irmão Antônio Coelho? A expectativa é que a oficialização saía até a próxima terça-feira (29).
CURTAS
MAIS UM – O governo Raquel Lyra trocou mais um secretário do primeiro escalão. Evandro Avelar deixou a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), que passa a ser comandada pelo atual secretário de Projetos Estratégicos, Diogo Bezerra, que é economista e doutor em Engenharia de Produção. Em nota curta, a governadora agradeceu a dedicação ao serviço público de Avelar no cumprimento da missão acordada desde que assumiu o cargo. Os atos serão publicados no Diário Oficial deste sábado, 26.
JOGOU A TOALHA – Em Paulista, a candidatura do vereador Itamar das Montanhas (Cidadania) que vinha sendo dada como certa desandou. O próprio vereador divulgou uma nota ressaltando seu compromisso com o município e a desistência da briga pelo comando da cidade nas eleições de 2024. Ele nega, no entanto, a possibilidade de apoio ao empresário Luiz Neto, que é ligado a Daniel Coelho. Paulista já conta com algumas pré-candidaturas para a oposição como as de Dido Vieira, Júnior Matuto, Jorge Carreiro, Padilha e Ramos.
DE VOLTA AO PAJEÚ – Atual superintendente da SUDENE, Danilo Cabral passou pelo Sertão nesta reta final de semana. Esteve em Petrolina, na posse do novo superintendente da Codevasf, Edilázio Waderley, e em Carnaíba, cumprindo agenda a lado do prefeito Anchieta Patriota. Essa foi a primeira visita de Danilo à região do Pajeú desde que assumiu a SUDENE.
NOCAUTE – O vereador oposicionista de Ouricuri, Rogério da Aldeia, soltou um nocaute de direita contra o prefeito Ricardo Ramos. O prefeito disse á uma rádio local que a oposição estava desesperada e ainda desafiou os adversários a apresentar uma lista de obras paradas no município. Rogério respondeu dizendo que desesperado estaria se amanhecesse com a Polícia Federal na porta, como aconteceu com o prefeito. Golpe duro.
QUE VERGONHA – Panelas é o 2º município com a pior remuneração média nacional dos professores no Brasil. Os dados foram divulgados pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, órgão vinculado ao Ministério da Educação. Vergonhosamente na cidade, a remuneração média do magistério ficou em R$ 1.377,49, apenas R$ 160,00 a mais que a pior remuneração paga no país, que é de R$ 1.208,17 em Grupiara, no estado de Minas Gerais. O valor está muito abaixo do piso nacional dos professores em 2023, que ficou fixado em R$ 4.420,55. O que tem a dizer a gestão do prefeito Ruben?
O povo quer saber: o MDB seguirá o caminho do PSD ou Avante?
Fonte: FalaPE.
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