Por Roberta Soares, colunista de Mobilidade do JC – Em primeiro lugar, é importante afirmar que a saída precoce do secretário de Mobilidade e Infraestrutura de Pernambuco, Evandro Avelar, foi uma perda tanto para a infraestrutura como para a mobilidade no Estado – nesse caso, o transporte público, tanto metropolitano como intermunicipal.
Avelar tem trajetória nos dois setores, sempre em cargos ligados à infraestrutura e ao transporte coletivo. Por isso, perde a população, que será privada de possíveis resultados positivos que sua gestão viesse a alcançar.
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Em segundo lugar, é preciso fazer a leitura sobre as causas da saída do secretário, mesmo sem que ele tenha conversado com a imprensa sobre a retirada. Como esperado, Avelar optou pelo silêncio.
Mas sua saída importa porque sinaliza os caminhos que a primeira gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB) está seguindo na infraestrutura, transporte urbano e gestão do trânsito. Pessoas próximas ao secretário afirmam que, nos bastidores do processo, sabe-se que a ausência de autonomia do secretariado foi a razão principal.
O sentimento é de que a hierarquia não é respeitada, ficando para os secretários uma função apenas figurativa e o ônus pelos problemas que venham a acontecer. Tendo que lidar com órgãos e empresas que atuam desconectados, revelando uma desorganização institucional e, principalmente, de política de governo. E com os riscos pelos erros desses mesmos gestores que agem sozinhos, sem um planejamento de governo.
A saída de Evandro Avelar, inclusive, deixou perplexos deputados da base aliada de Raquel Lyra. “Ele estava chateado com essa falta de autonomia e não é de hoje”, afirmou um deputado. “Estava cansado, já havia conversado com a governadora para sair e, ontem, decidiu não dar mais tempo”, disse um amigo próximo.
Fonte: Blog de Ricardo Antunes.
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