Apesar de estarem atualmente em campos opostos, João Campos e Raquel Lyra possuem muitas coisas em comum, uma delas é o fato de os dois terem sido gestados politicamente a partir da histórica eleição de 2006 que levou Eduardo Campos, pai de João, ao governo de Pernambuco, e João Lyra Neto, pai de Raquel, à vice-governadoria, ficando em seus respectivos cargos por sete anos e três meses, e coube a João Lyra Neto suceder Eduardo por nove meses.
Muita gente tem insuflado uma rivalidade entre os grupos do prefeito do Recife e da governadora, alimentando a hipótese deles serem adversários em 2026, mas como o próprio Eduardo Campos falava, 2026 só deve ser discutido em 2026, até lá cabe a João cuidar do Recife e cabe a Raquel cuidar de Pernambuco.
O instituto Paraná Pesquisas trouxe um fato que ilustra muito bem isso. O eleitor recifense, maior colégio eleitoral do estado, aprova a gestão de João Campos na cidade, com 66% e aprova a gestão de Raquel Lyra no estado, com 63%. Ou seja, para o eleitor não há essa diferenciação partidária ou ideológica, ele tem um entendimento que os dois estão fazendo jus aos seus respectivos mandatos conquistados nas urnas.
Recife já teve um período parecido com o de agora, quando João Paulo assumiu a prefeitura em 2001 e Jarbas Vasconcelos já era governador em 1999. Mesmo de palanques opostos, João Paulo e Jarbas Vasconcelos ficaram em seus respectivos cargos por quase seis anos e houve uma relação harmônica entre eles sem briga de poder nem medição de forças. Ao término de seus respectivos mandatos, Jarbas elegeu-se senador com uma expressiva votação e João Paulo elegeu seu sucessor no Recife, provando que o foco na gestão era o que o eleitor esperava do prefeito e do governador e os dois acabaram colhendo bons frutos de uma relação cordial, harmônica e republicana.
Justiça – Nos bastidores, há quem defenda que a ex-conselheira do TCE, Teresa Duere, seja a nova secretária de Justiça da governadora Raquel Lyra. Com uma vasta experiência no serviço público, Teresa possui envergadura para a função no trato com CNJ, TJPE e demais setores envolvidos com a pasta. Caso a governadora faça essa mudança, estará ajustando uma decisão que foi tomada no início do seu governo e que foi bastante questionada por todos os setores.
Impraticável – Principal cidade do interior pernambucano, Petrolina virou um sonho distante para moradores da capital pernambucana. Passagens de avião ida e volta para a capital do São Francisco estão chegando a custar R$ 4 mil a depender da época. Os turistas sofrem, mas os maiores prejudicados são os moradores da região, que para driblar o absurdo valor das passagens aéreas estão optando por viajar de carro, cuja distância passa de 700 quilômetros.
Capag B – O prefeito João Campos conseguiu pelo segundo ano seguido a nota B na Capag, isso garante que a cidade possa obter novos investimentos porque tem uma gestão fiscal eficiente.
Inocente quer saber – Até quando as passagens aéreas de Recife a Petrolina seguirão neste valor absurdo?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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