sexta-feira, 16 de junho de 2023

Cobranças e novos programas

A reunião do presidente Lula com seus ministros, que durou quase o dia inteiro de ontem, foi mais de cobranças do que de avaliação de resultados. Entre o que ficou acertado, em termos de ação de Governo, foi o lançamento de mais dois programas: o Luz Para Todos e o Água Para Todos.

Além disso, o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que será chamado de PAC 3, também deve ser lançado. O governo Lula anunciou uma “bondade” por semana desde que assumiu o poder, foram 23 anúncios até agora. Também pediu que os ministros dissessem quais problemas estariam enfrentando e que procurassem a Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência) para divulgar seus projetos.

Declarou que o tempo de ter ideias acabou e agora é o momento de executar o que foi planejado. O petista afirmou querer que a reunião termine com o governo sabendo tudo que fará até 31 de dezembro de 2026. Foi a terceira reunião ministerial organizada pelo governo, com 35 dos 37 ministros. Luiz Marinho (Trabalho) faltou porque está em viagem oficial no Exterior e Marina Silva (Meio Ambiente) teve problemas de saúde.

Para Lula, o momento é de cumprir e finalizar as propostas feitas, e não prometer novas. “Daqui para frente a gente vai ser proibido de ter novas ideias, a gente vai ter que cumprir aquilo que a gente já teve capacidade de propor até agora”, disse. Dentre os projetos prometidos a serem concluídos está a construção de novas escolas. “Cada vez que uma pessoa pede uma escola, eu vou dizer que nós vamos fazer”, disse.

Já cumprida – “Esta reunião tem como pressuposto o segundo passo do nosso governo. Até agora, nós estivemos tratando da organização dos ministérios, nós estávamos tratando da briga de orçamento, estávamos tentando recuperar parte de todas as políticas públicas que tinham sido desmontadas. Nesse governo, inclusive, estamos remontando algumas políticas desmontadas, essa parte já está cumprida”, disse Lula, em tom de puxão de orelha na equipe.

Marina internada – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não compareceu à reunião ministerial porque foi internada no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (InCor), em São Paulo, na última segunda-feira. Segundo o boletim médico, a ministra voltou ao hospital por sentir fortes dores na coluna. “A paciente passou por avaliação e exames, após quadro de infecção por covid-19 sem complicações registrado em maio deste ano”. O comunicado afirma, ainda, que Marina recebeu alta no fim da manhã.

Otimismo com economia – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, disseram estar otimistas com a economia durante a terceira reunião ministerial do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Eles discursaram no começo da tarde. No encontro, cada ministro teve até 10 minutos para discursar sobre sua área de atuação. Tebet e Haddad foram na mesma linha, dizendo que estão otimistas com a retomada do crescimento e que o governo está no caminho certo.

Crescimento do PIB – O governo vem colecionando boas notícias na economia em junho. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,9% no primeiro trimestre do ano em comparação com o quarto trimestre de 2022. Em valores correntes, somou R$ 2,6 trilhões. Em relação ao primeiro trimestre de 2022, a alta foi de 4%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados em 1º de junho. Em 9 de junho, o dólar comercial atingiu R$ 4,86 na mínima, mas encerrou o dia a R$ 4,88, com queda de 0,97%. Esse foi o menor valor para o fechamento diário desde 7 de junho de 2022, quando foi de R$ 4,87.

Mais discreta, impossível! – A primeira-dama, Janja da Silva, participou do começo da reunião ministerial, mas só ficou durante o momento aberto do encontro. O início da reunião foi transmitido em tempo real. Na primeira reunião, em janeiro, estavam ao seu lado sua assessora Neudi Neres e o embaixador Fernando Igreja. A presença de Janja na cerimônia estritamente política denota que a primeira-dama mostra sua posição de influência na administração petista.

CURTAS

DESIGUALDADE – A população brasileira quer uma reforma tributária que contribua para reduzir a desigualdade socioeconômica do País, eleve o imposto sobre os mais ricos e não aumente a carga de impostos, revela uma pesquisa realizada pelo Instituto Ideia e antecipada ao Estadão.

SUCESSORA DE SEVERINO – Após a aprovação do projeto que criminaliza a “discriminação” contra políticos, a deputada Dani Cunha (União-RJ) passou a ser considerada uma espécie de nova “presidente do sindicato dos deputados”. No passado, o título era dado a Severino Cavalcanti, porque ele estava sempre à frente de discussões para garantir benesses aos parlamentares. Mas, ela rejeita o apelido e diz que sua agenda é diversificada, revela Roseann Kennedy em sua coluna no Estadão.

Perguntar não ofende: Quando Raquel Lyra vai ganhar uma na Alepe?

Fonte: Blog do Magno Martins.

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