terça-feira, 23 de março de 2021

O sucesso da vacinação contra H1N1 no governo do PT

No ano de 2010, último do governo Lula, o Brasil conseguiu a marca de vacinar 92 milhões de pessoas em três meses

Em março de 2009, autoridades sanitárias mexicanas identificaram um surto causado pelo H1N1 - uma nova cepa do vírus Influenza A, responsável por causar pandemia de gripe espanhola que assolou o mundo entre os anos de 1918 e 1920. A doença foi designada como "gripe A", "gripe mexicana" ou "gripe suína" (por conter ARN típico de vírus suínos). O surto logo evoluiu para epidemia e começou a se espalhar pelo mundo, atingindo sobretudo a América do Norte, a Europa e a Oceania. Em abril de 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a epidemia como "emergência de saúde pública de âmbito internacional". Dois meses depois, com a doença se espalhando por 75 países em todos os continentes, a OMS decretou estado de pandemia. A doença chegou ao Brasil em maio de 2009, concentrando-se a princípio nas regiões Sul e Sudeste, mas logo se espalhou pelo país.

As primeiras vacinas começaram a ser desenvolvidas no segundo semestre de 2009. Nesse mesmo ano, o presidente Lula liberou 2,1 bilhões de reais para aquisição de vacinas, insumos, material de diagnóstico, equipamentos de hospitalização e ampliação dos leitos de UTI, além de determinar a ampliação dos turnos nas unidades de saúde. Para garantir o acesso do país aos imunizantes, o governo Lula fechou parcerias com três laboratórios - Glaxo Smith Kline, SANOFI Pasteur e Novartis. Em colaboração com o governo paulista, o governo federal fez um acordo de licenciamento e transferência de tecnologia da vacina SANOFI Pasteur, que passaria a ser produzida pelo Instituto Butantan, com subvenção do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde. Ao todo, o governo federal adquiriu 83 milhões de doses da vacina contra H1N1.

Também com dotação extra do governo federal, a Fiocruz triplicou a produção do medicamento utilizado para o tratamento da H1N1 (derivado do princípio ativo do Tamiflu) e conseguiu produzir um kit nacional para diagnóstico da doença a um custo 55% menor em relação aos similares importados, o que permitiu estabelecer uma estratégia de testagem em massa das pessoas com sintomas da gripe. Em fevereiro de 2010, o ministro da saúde da época, José Gomes Temporão, divulgou a Estratégia Nacional de Vacinação Contra a Gripe H1N1, com a definição do calendário, dos grupos prioritários e das etapas.

Por intermédio do SUS, os estados receberam 1,9 milhão de kits para o tratamento da gripe H1N1, produzidos pela Fiocruz - quantidade suficiente para tratar 38 vezes o número total de casos graves registrados no ano anterior (48.978 pessoas). Meio milhão desses kits foram encaminhados para a rede Farmácia Popular e o Ministério da Saúde manteve pronto um estoque de 20 milhões de kits para serem utilizados no caso da pandemia atingir o pior cenário possível. O governo federal também iniciou uma campanha para desmentir boatos sobre a presença de níveis tóxicos de mercúrio na vacina e rebater a falsa alegação de que o imunizante causava a Síndrome de Guillain-Barré.

Em março de 2010, o governo federal iniciou a campanha de vacinação. Em apenas três meses, utilizando as vacinas adquiridas e os novos lotes fabricados pelo Instituto Butantan, o Brasil conseguiu vacinar 92 milhões de pessoas, ultrapassando com ampla margem a meta em relação ao público alvo. O governo federal esperava vacinar 80% dos grupos prioritários, mas conseguiu chegar a 88%. O sucesso aconteceu devido ao esforço de mobilização e à estratégia de multiplicar os pontos de vacinação, englobando unidades de saúde, escolas, repartições públicas, locais de trabalho e até mesmo vias públicas.

O Brasil foi o país que mais vacinou em relação ao percentual da população total: 42% da população brasileira foi imunizada, índice superior ao registrado, por exemplo, nos Estados Unidos (26%), México (24%), Suíça (17%), Argentina (13%), França (8%) e Alemanha (6%). Até o momento, a campanha brasileira contra o H1N1 em 2010 foi a maior campanha de vacinação em massa do século XXI. A rápida ação do poder público foi essencial para debelar a pandemia e mantê-la sob controle. O Brasil registrou quase 60.000 casos da doença e 2.146 mortes em 2009. Em 2010, o número de mortes caiu para cerca de 100. A vacina contra a gripe H1N1 é aplicada anualmente pela rede pública desde então e 100% das doses são produzidas pelo Instituto Butantan.

Com Informações da Fiocruz

Recife liderando no nordeste - O prefeito João Campos anunciou, nesta segunda-feira (22), a abertura do agendamento para idosos com 64 anos ou mais, que já pode ser realizado a partir das 19h, no site ou aplicativo do Conecta Recife. As doses começam a ser aplicadas já nesta terça-feira (23). A capital é a primeira da Região a vacinar esse público-alvo. 

Exemplo - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (22) que o Brasil está "dando certo, apesar de um problema gravíssimo que enfrentamos desde o ano passado". Sem mencionar a covid-19, o número de mortos ou problemas no sistema de saúde que se avolumam, como a escassez de leitos, de insumos ou medicamentos para o tratamento na segunda onda da doença no país, Bolsonaro afirmou que "o Brasil vem dando exemplo"."Somos um dos poucos países que está na vanguarda na busca de soluções", disse.

Auxílio Emergencial - O líder do PSB na Câmara Federal, o deputado Danilo Cabral (PSB-PE) tentará aumentar o valor do auxílio emergencial para R$ 600. O parlamentar apresentou sete emendas à medida provisória que editou uma nova rodada do pagamento do benefício, que deve ficar em quatro parcelas entre R$ 150 e R$ 375. A ideia do deputado também é permitir que duas pessoas da mesma família possam ser atendidas pelo programa, já que a nova regra garante o auxílio para apenas um membro de cada família.

Imunizada - A ex-presidente da República Dilma Rousseff (PT) recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 nesta segunda-feira (22), em Porto Alegre. Dilma tem 73 anos.

Herança maldita - A Secretaria de Finanças da Prefeitura de Garanhuns, veio por meio de rede social, informar que novos débitos deixados pela gestão anterior chegaram à administração municipal, inclusive com retenção de valores no FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Os novos débitos, na ordem de R$ 4 milhões, somam-se aos quase R$ 40 milhões já detectados pela Secretaria de Finanças.

Silvinho Silva, editor do Blog
Whatsapp: (81) 98281 4782
Email: silvinhosilva2018@gmail.com
Instagram: @blogdosilvinho_oficial

Fonte: Blog do Silvinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário