domingo, 24 de janeiro de 2021

Planalto faz investida contra pressão por impeachment de Bolsonaro

Do UOL Notícias

O Palácio do Planalto montou uma ofensiva de comunicação para reagir à pressão pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Após pesquisas indicarem queda de popularidade do presidente associada à forma como ele tem enfrentado a pandemia do coronavírus, o governo colocou na praça uma campanha publicitária dizendo que, com a união de todas as forças, "as vacinas aprovadas pela Anvisa" já estão sendo distribuídas em todo o Brasil. 

Embora auxiliares de Bolsonaro sustentem que não há apoio popular nem político para a abertura de um processo de impeachment, aliados do governo avaliam que o presidente paga o preço de suas idas e vindas sobre a vacinação e que é preciso mostrar todas as medidas tomadas para o combate à pandemia. Bolsonaro tenta se desvencilhar do colapso da saúde no Amazonas e voltou a dar entrevistas.

Ainda ontem, escalou três ministros para ir pessoalmente a São Paulo receber a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca e fabricada na Índia. Além do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e do chanceler Ernesto Araújo, lá estava também o titular das Comunicações, Fabio Faria. A nova campanha publicitária do governo para TV, rádio, meios digitais e impressos destoa da versão anterior, em que a vacina era sugerida para quem quisesse "exercer o direito" de vacinar se tivesse "indicação". 

Sob o mote "Brasil Imunizado - Somos uma só Nação", o comercial exibe pessoas com máscaras de proteção e não fala em vacina facultativa, algo que Bolso insiste em repetir. Diz apenas que a vacinação é uma questão "humana e econômica". Pesquisa Datafolha divulgada ontem mostrou a queda na aprovação de Bolsonaro, já registrada nas redes sociais. 

O presidente foi avaliado como ruim ou péssimo por 40% dos entrevistados. Em dezembro, esse grupo representava 32%. O índice de ótimo ou bom caiu de 37% para 31%. "Sem povo na rua e sem apoio parlamentar não se faz impeachment", disse Marco Feliciano (Republicanos-SP), vice-líder do governo e integrante da bancada evangélica. "Para derrubar Dilma tivemos que botar um milhão de pessoas na Avenida Paulista. Não vi ainda 5 mil pessoas em um protesto contra o governo. E o resultado disso é o baixo apoio parlamentar a essa aventura."

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Fonte: Blog do Silvinho.


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