domingo, 24 de novembro de 2019

O impacto da economia criativa nos Municípios

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Cultura, capital intelectual e criatividade são termos cada vez mais presentes nas gestões municipais. Isso porque, por meio do fomento a economia criativa, é possível gerar renda, criar empregos, promover a diversidade cultural e o desenvolvimento humano. Para falar sobre esse tema e quais ações podem ser desenvolvidas pelos Municípios para o desenvolvimento da cultura, o Bate-papo com a CNM desta semana - no dia 22 de novembro -, recebeu a técnica da área de Cultura da CNM, Ana Clarissa Fernandes e a secretária de Cultura de Anápolis (GO), Eva Cordeiro. Mediado pelo consultor da Confederação Maurício Zanin, o programa faz parte de uma série de entrevistas especiais sobre a Semana Global do Empreendedorismo.

Entende-se como Economia criativa o conjunto de negócios baseados no capital intelectual, cultural e na criatividade que gera valor econômico. No âmbito municipal, pode ser exemplificado como as redes que se formam ao redor das atividades culturais e que geram o desenvolvimento da economia. "Quando você promove uma festa tradicional de cultura popular não é meramente entretenimento, lazer e manifestação cultural. Você vai ter ali o envolvimento de diversos agentes econômicos que vão desde a costureira que faz o figurino, ao motorista de aplicativo, a hospedagem nos hotéis, a gastronomia, ao vendedor de picolé da porta do evento. Ou seja, movimenta toda a economia da cidade”, explica a secretária Eva Cordeiro. 

Nesse sentido, a secretária falou sobre a importância de valorizar a cultura local, que é um patrimônio imaterial dos Municípios e apresentou algumas boas práticas de como Anápolis fomenta o empreendedorismo por meio da economia criativa. Entre elas, citou o Fundo Municipal de Cultura, criado em 2011, com o objetivo de fomentar a produção cultural para além das ações governamentais existentes na cidade. Com regularidade desde 2017, o Fundo lança editais anualmente para apoiar iniciativas. Para 2020, o fundo vai destinar R$ 750 mil divididos por setoriais e cotas de modalidades de projetos. O edital é regido pelo Conselho Municipal de Cultura e ratificado pelo Fórum Municipal de Cultura. A seleção ocorre por etapas: cadastro, habilitação e seleção. Esta última é realizada por uma comissão independente.  Também foram citadas a Feirarte, que promove um espaço para os artesãos cadastrados no Município comercializarem seus produtos nas datas comemorativas, e a Casa do Artesão. 

A técnica da área de Cultura da Confederação Ana Clarissa Fernandes falou sobre como a CNM está estruturando as ações de cultura na realidade municipal e como o Município pode atuar. “Nós temos algumas pautas junto ao governo federal com esse foco. Uma delas diz respeito a reivindicação de uma política federal que possa subsidiar tanto em termos de recursos financeiros quantos técnicos os Municípios para promoverem a economia criativa no âmbito local e regional”, destacou. 

Ana Clarissa ressaltou ainda que cultura não se resume a uma festa mas sim em uma estratégia de fomento local. "No campo da cultura, a economia criativa não impacta somente as cadeias produtivas das linguagens artísticas, mas também as outras cadeias produtivas que existem”, explicou. Além disso, sugeriu como uma ação a promoção de processos de escuta junto a sociedade e a comunidade artística trabalhando a criatividade para a resolução de problemas da própria gestão municipal. 
 
O Bate-papo com a CNM na íntegra pode ser acessado no canal da TV Portal CNM (acesse aqui). 
 
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Por Sarah Buogo

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