O ano de 2013, foi marcado pelas movimentações populares em que por causa do reajuste da passagem do transporte coletivo em São Paulo, se alastrou pelos demais estados da federação protestos por várias questões. O discurso propagado era que não existia uma única pauta e que não queria a participação de nenhum partido político. Os ingênuos acreditaram que era algo novo na história política nacional.
Bastou chegar o ano eleitoral para se perceber que o discurso travestido de novidade, era apenas cortina de fumaça, para promover novos nomes e que em pouco tempo estariam filiados a algum partido político. Tudo não passou de um “novo” discurso com velhas práticas. O surgimento de novas lideranças em qualquer país que se apresenta como democrático é salutar. O que não é nada republicano é usar de argumentos recheados de retórica, com o desejo de participar das entranhas do poder que antes criticava. Em uma espécie de vale tudo, infelizmente, reaparece o discurso messiânico e um país onde vive constantemente procurando algum salvador, facilmente se consegue ludibriar os que ainda não entenderam que as transformações sociais são frutos da participação de todos e não apenas de uma única pessoa.
Olinda, 11 de novembro de 2023.
Sem ódio e sem medo.
Hely Ferreira é cientista político.
Fonte: Blog do Elielson.
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