Filho do ex-deputado estadual Manoel Ferreira (PL) e irmão do deputado federal André Ferreira (PL), o atual presidente do Partido Liberal em Pernambuco, Anderson Ferreira, é um daqueles casos cuja carreira na política é permeada por um toque de ousadia e, principalmente, de visionarismo. Até então atuando nos bastidores, nas campanhas do pai e do irmão, responsável pelo setor de marketing político, Anderson entrou para a vida pública eleito, em 2010, para a Câmara Federal, tendo obtido expressivos 48.435 votos.
Pode não ter sido algo inédito, mas, sem dúvida, foi uma decisão atípica e, mais ainda, um feito fora da curva, tendo em vista o resultado e, principalmente, o número de votos obtidos em uma estreia em uma das mais acirradas eleições. E o que se viu desse ponto em diante foi uma ascensão meteórica: em menos de quatro anos, Anderson triplicou a votação e foi reeleito, em 2014, para um segundo mandato, tendo figurado entre os cinco mais votados no estado de Pernambuco.
Em menos de oito anos, o então deputado federal ganhou os holofotes da mídia nacional ao apresentar o projeto de lei que ficou conhecido como “Estatuto da Família”. Essa visibilidade deu a Anderson a força necessária para assumir a presidência estadual do partido, até então comandado pelo ex-deputado federal Sebastião Oliveira.
Já no patamar de umas mais promissoras lideranças da nova geração, Anderson aproveitou um vácuo no cenário local e, em 2016, vislumbrou a possibilidade de disputar a Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes, a segunda maior cidade de Pernambuco. Em um pleito acirrado, o liberal conseguiu vencer as máquinas municipal e estadual, quando derrotou Heraldo Selva, ora filiado ao PSB. Esse passo, no fim das contas, foi a decisão responsável por, mais adiante, lhe alçar ao patamar de um dos principais atores políticos do estado.
Em 2020, foi reeleito em primeiro turno, desempenho que o cacifou como um dos mais competitivos nomes para o Palácio do Campo das Princesas, tendo contado com o irrestrito apoio do então presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), quando ficou com o terceiro lugar, atrás apenas da ex-deputada federal Marília Arraes (SD) e da atual governadora Raquel Lyra (PSDB). À frente do PL em Pernambuco, Anderson atua agora em uma posição que lhe é confortável e em uma área cuja expertise é reconhecida por aliados e opositores: a do “montador de chapas”.
Recai sobre os ombros do dirigente partidário a “missão” de ampliar o protagonismo da sigla bolsonarista no estado por meio da eleição do maior número possível de prefeitos e vereadores em 2024. E vai ser a partir desse resultado que Anderson vai, em 2026, ter condições de se viabilizar como candidato competitivo ao Senado ou, quem sabe, ensaiar um retorno à Câmara dos Deputados, casa que lhe abriu as portas para a vida pública.
Fonte: FalaPE.
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