Exatamente a um ano, Pernambuco encerrava um ciclo de poder no estado. Candidato pelo PSB, Danilo Cabral amargava o quarto lugar no resultado eleitoral do primeiro turno. O PSB viu ficar à sua frente nomes como Marília Arraes, Raquel Lyra, Anderson Ferreira conseguindo ficar a frente apenas de Miguel Coelho, por menos de um ponto percentual. Somados, os nomes de oposição obtiveram no primeiro turno mais de 80% dos votos válidos. Uma resposta duríssima contra o governo do PSB que era comandado por Paulo Câmara.
Daquele resultado das urnas, muitas indagações partiram tanto do PSB: onde foi que erramos? quanto da oposição que tentava compreender a estratégia pelo insucesso de algumas candidaturas. Não houve em nenhum momento um nome que liderasse com folga como diziam as pesquisas apresentadas. Muito pelo contrário: a distância de um para o outro foi muito pequena matematicamente falando. Logo em seguida, viu uma ex-filiada do partido, Raquel Lyra, vencer a disputa pelo Palácio do Campo das Princesas. Raquel chegou ao PSDB após ter negada a legenda do PSB para disputar a Prefeitura de Caruaru, no ano de 2016.
Agora, o PSB assumiu um novo protagonismo com o prefeito João Campos que parece estar dando certo. Paulo Câmara não está mais na legenda e Danilo Cabral também deve sair em breve. O partido se renova e se apresenta com o novo que é o prefeito recifense. Essa nova formatação do PSB agrada a muitos setores, inclusive que eram de oposição ao partido como o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho e seu grupo político.
No entanto, para conseguir recuperar politicamente o PSB precisará passar por alguns processos como a eleição municipal de 2024 quando tentará sob nova roupagem continuar na liderança da oposição no estado. Tudo isso para chegar forte em 2026 quando o próprio prefeito é tido como uma figura que poderia assumir essa liderança.
Serão três anos até lá. Um já se passou, praticamente.
Divisão com o PT
Embora o PSB tente recuperar forças e energias para enfrentar (na oposição) uma disputa estadual em 2026 (algo que aconteceu pela última vez no ano de 2006, a legenda irá travar até lá uma verdadeira briga direta com o PT que tem hoje o senador Humberto Costa como a maior liderança em Pernambuco. O partido, embora tenha uma presença tímida no estado, conta com dois senadores, um deputado federal e três estaduais. Além de prefeitos, prefeitas e vereadores. Esses últimos que a legenda pretende aumentar já no próximo ano.
Marília Arraes
Um ano depois de ir para o segundo turno e não obter êxito, Marília corre o estado de Pernambuco em busca de fortalecer o seu partido, o Solidariedade para às eleições municipais de 2024, e assim conseguir uma força e liderança para o pleito majoritário de 2026. Como o Solidariedade é considerado um partido nanico, conseguirá fazer apenas alguns vereadores e uma quantidade mínima de prefeitos.
Anderson Ferreira
Já o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, trabalha dia e noite para fortalecer o seu partido em Pernambuco, o PL. Aliado da governadora Raquel Lyra, Anderson é sempre um nome lembrado para concorrer a um cargo majoritário no ano de 2026, quando estarão em jogo duas cadeiras do Senado Federal.
Danilo
Enquanto isso, Danilo Cabral comanda a Sudene através de uma indicação direta do senador Humberto Costa que é sem dúvida alguma o nome mais forte do governo Lula em Pernambuco. No dia em que foi anunciado o seu nome, Danilo fez questão de agradecer diretamente a Humberto a quem muito provavelmente irá trabalhar pela sua eleição em 2026.
Mudança
Movido por um discurso de mudança, Miguel Coelho conseguiu uma ótima votação no primeiro turno de 2022. No entanto, sem espaço na gestão de Raquel Lyra a quem anunciou apoio tão logo se soube do resultado do primeiro turno, Miguel se aliou ao prefeito do Recife, João Campos.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte:Blog do Silvinho.
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