Em visita ao Diario, Elias Gomes destaca diálogos com PSB e outras legendas para criar frente ampla em Jaboatão dos Guararapes (Ruan Pablo/DP Photos) |
A cerca de um ano das eleições municipais, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PT), movimenta-se para conseguir o apoio do PSB para voltar a comandar a prefeitura. Nos próximos dias ele deverá ter uma conversa com os presidentes estaduais do PSB, Sileno Guedes, do PT, Doriel Barros, e do PCdoB, Marcelino Granja. A questão, no entanto, dificilmente terá algum indicativo e muito menos um desfecho porque, segundo o próprio Elias, tudo depende da construção da chapa no Recife.
Elias visitou o gabinete do deputado federal Pedro Campos (PSB), em Brasília, na semana passada e tratou de tentar agendar uma conversa entre os socialistas e os caciques da federação PT/PCdoB. O PSB, porém, estuda o nome de Gleide ngelo, que foi a deputadaestadual mais votada em Pernambuco em 2018 e a terceira em 2022. Também estão no roteiro de articulações do ex-prefeito a federação Psol e Rede.
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A estratégia do neopetista é descolar as tratativas referentes à capital pernambucana e a Jaboatão. "Vamos resolver onde não há impedimentos. Se a questão em Recife ainda não está resolvida, vamos resolver nos municípios onde há convergências", afirmou, durante visita ao Diario de Pernambuco.
Apesar de ter perdido muito capital eleitoral nos últimos anos, em que amargou baixos desempenhos de 2018 para cá, o cenário no município pode ser "favorável" ao grupo de oposição, por causa da onda de rejeição enfrentada pelo atual prefeito,Mano Medeiros (PL). Sucessor do evangélico Anderson Ferreira (PL), ele ainda não conseguiu imprimir umamarca, embora ainda possa reverter o quadro.
Vale destacar ainda que a deputada federal Clarissa Tércio (PP) também é pré-candidata à prefeitura do município. Ela, que é casada com o deputado estadual Júnior Tércio, o mais votado no Estado, pode disputar o mesmo segmento de voto (o evangélico) de Mano Medeiros. Neste caso, um tira voto do outro. A oposição, por sua vez, precisa traçar a melhor estratégia, se a de múltiplas candidaturas ou uma ampla frente de centro-esquerda, como defende Elias.
Enquanto articula apoios, Elias Gomes se esforça para se colocar como o oposto ao voto conservador e, para isto, tenta colar sua imagem à do presidente Lula. "Eu fui coordenador de campanha de Lula no Cabo de Santo Agostinho em 1989. Votei em Lula sempre e em 2000, Lula foi para o Cabo para dizer que o PT deveria permanecer na coligação que me apoiava", relembrou, reforçando ter um vínculo pessoal com o presidente da República de longa data.
Fonte: Diário de PE.
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