sábado, 1 de outubro de 2022

A polarização nacional não surtiu o efeito desejado em Pernambuco

 

Comparando o resultado das pesquisas eleitorais de outros estados com os de Pernambuco nós podemos chegar a um consenso: ao que parece, pela primeira vez a polarização nacional não aconteceu da forma prevista. Caso venha a se confirmar no próximo domingo um segundo turno entre Marília x Raquel ou Marília x Miguel teremos um exemplo claro e evidente de que a polarização nacional que acirrou os ânimos na disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro não atingiram a corrida pelo Governo de Pernambuco. 

Isso é de causar surpresa porque no início da campanha muita gente apostava na imagem de Lula colada em Danilo para diminuir a votação de Marília Arraes que se tornou o nome do ex-presidente na corrida pelo Governo ainda que não tenha Lula em seu palanque. Foi uma estratégia certeira de Marília digna de palmas. Em uma rápida entrevista concedida ao Blog ainda no mês de maio, Marília disse que a população pernambucana saberia julgar quem de fato estaria com Lula por questão de história mesmo e quem está apenas por conveniência.

Marília de cara sustentou-se em mais de 25% das intenções de votos e essa percentual durante a campanha chegou a triscar a casa dos 40%. O PSB pode até ter Lula em seu palanque pedindo votos, e dizendo que seu candidato é Danilo, mas na mente das pessoas Marília representa muito mais o lulismo do que o próprio candidato da aliança entre PT e PSB. Por outro lado, temos uma experiência que até o momento não foi bem sucedida nas pesquisas e é de se aguardar a surpresa do dia da eleição que é o candidato do bolsonarismo, Anderson Ferreira. O cenário para Anderson deveria estar bem mais favorável nas pesquisas, mas o candidato está patinando nos 10%. 

Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro desponta nas pesquisas de intenção de votos no estado de Pernambuco com pelo menos 25%. Apenas o Instituto Potencial apresentou Anderson Ferreira acima de 20% e quase que em empate técnico com Marília Arraes. Nos demais, a maior pontuação que Anderson atingiu foi 14%, mesmo com o presidente Bolsonaro vindo a Pernambuco cinco vezes e realizando motociatas e sempre reforçando que seu candidato é Anderson Ferreira. Repito: o resultado das urnas pode trazer um cenário bem diferente do que mostram as pesquisas, mas se não trouxerem, é hora da classe política refletir para conseguir entender o que deu errado nesta campanha.

Deu certo - Em alguns estados a polarização deu certo. É o caso do Ceará, São Paulo, Alagoas. Em Pernambuco, nomes como Raquel Lyra (PSDB) e Miguel Coelho (UB) passaram a ser a novidade desta eleição e ambos estão com amplas chances de irem ao segundo turno contra Marília Arraes que está aguardando quem vai enfrentar na segunda etapa.

A mais difícil - Danilo Cabral acredita que esta é a campanha mais difícil para a Frente Popular. Em suma, o candidato do PSB elenca alguns motivos e o principal deles: a perseguição de Jair Bolsonaro ao Governo Paulo Câmara. No entanto, Danilo disse estar confiante de que conseguirá ultrapassar Raquel Lyra , Miguel e Anderson e ir para a queda de braço de Marília no segundo turno.

Estrutura - O candidato acredita na força de seu exército. Diversos prefeitos, lideranças, vereadores estarão pedindo votos para Danilo e principalmente na Região Metropolitana com a finalidade de garantir que o candidato do PSB passe para a segunda etapa. Aí é outra conversa porque vem pela frente mais de vinte dias de campanha.

Confiança - Já Anderson Ferreira está confiante de que os votos dos bolsonaristas serão suficientes para o colocar no segundo turno, algo que ainda não foi detectado em alguns institutos de pesquisas. O candidato a governador do PL está confiante e diz que nas ruas o sentimento é de uma disputa entre direita e esquerda.

Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do Silvinho.

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