quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Duelo final entre Marília e Raquel

 Foto: Alexandre Aroeira

Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB), candidatas ao Governo de Pernambuco, ficam, hoje, mais uma vez, frente a frente. Participam do último debate do segundo turno da campanha eleitoral na TV-Globo, marcado para às 22 horas, mediação do jornalista Márcio Bonfim.

Nos últimos dias, elas trocaram farpas em debates nos mais diversos canais de rádio e televisão. Foram duelos interessantes, que esquentaram a campanha, que está fria, diferente do que o País assiste em nível nacional entre Bolsonaro e Lula, que também voltam a debater na Globo, amanhã.

A Globo procurou uma forma de deixar o debate menos engessado, sendo assim, as candidatas terão que administrar o próprio tempo entre perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. O tempo poderá ser utilizado e dividido da maneira como cada candidata preferir, mas não poderá ser ‘guardado’ de um bloco para o outro.

No primeiro bloco, por exemplo, cada uma receberá o tempo de 15 minutos. Se a candidata usar um minuto para fazer a primeira pergunta, terá 14 minutos restantes para fazer a tréplica, novos questionamentos ou responder questões feitas pela adversária. O debate terá quatro blocos, sendo dois com temas livres e outros dois com temas determinados.

O tema será livre no primeiro bloco. Cada candidata terá que administrar o tempo de 15 minutos para perguntas, respostas, réplicas e tréplicas. Já no segundo bloco, são 20 minutos de debate com temas determinados, sendo dividido em duas rodadas de 10 minutos. Cada candidata terá direito a escolher um tema que foi definido pelo Jornalismo da Globo.

Neste bloco, as candidatas terão cinco minutos de fala para cada uma das rodadas. No terceiro bloco, mais 30 minutos de debate com tema livre. Assim como no primeiro bloco, as candidatas terão que administrar o tempo de 15 minutos para perguntas e respostas. No quarto bloco, mais duas rodadas de 10 minutos com temas definidos, sendo que as candidatas terão cinco minutos de tempo de fala em cada rodada. Neste bloco, as candidatas também terão direito a um minuto e 30 segundos cada para considerações finais.

Direito de resposta – Quanto ao direito de resposta no debate da TV Globo, a candidata que sofrer uma ofensa pessoal da adversária pode pedir direito de resposta. A solicitação deve ser feita em silêncio, com a candidata levantando a mão para o mediador. A produção do debate irá analisar o pedido. Caso o direito de resposta seja concedido, a candidata terá um minuto para responder às ofensas.

Guerra na TV – Na guerra pelo direito de resposta, a candidata Marília Arraes (Solidariedade) perdeu pelo menos 49 inserções comerciais nos dois últimos dias de propaganda eleitoral no rádio e na TV. Dessa forma, o espaço passou a ser ocupado desde ontem e vai até hoje, quando se encerra o guia eleitoral, por sua oponente, Raquel Lyra (PSDB). O juiz julgou ilegal Marília associar Raquel ao candidato do PL, Jair Bolsonaro, embora todos os seus aliados e lideranças votem pela reeleição do presidente.

Affair Funase – “Marília está no modo ‘vale tudo eleitoral’. Ela tenta associar Raquel a uma tragédia que ocorreu há 10 anos na Funase. É uma farsa. Em 1º de setembro de 2012, um jovem foi assassinado em uma rebelião. Na época, Raquel estava de licença maternidade da Secretaria da Criança e Juventude. Ela nunca comandou a Funase e pediu demissão da Secretaria por isso. Marília sabe e mesmo assim usa a dor de uma mãe para atacar Raquel, é desumano”, diz o comercial de resposta de Raquel ao vídeo de Marília que aponta responsabilidade à adversária pelo episódio em que um garoto teve sua cabeça decapitada na Funase.

Barbaridade – Segundo o G1, portal de notícias da Globo, uma agente da Polícia Civil foi punida com suspensão pelo Governo de Pernambuco por indisciplina e quebra de hierarquia. Segundo portaria publicada no boletim-geral da Secretaria de Defesa Social (SDS), ontem, Kerla Zandréia Barros Ferreira mandou uma carta diretamente para o governador Paulo Câmara (PSB) para pedir a transferência de uma cidade para outra. A agente trabalhava em Araripina, no Sertão. Kerla, de acordo com a SDS, queria ser transferida para Cabrobó, no São Francisco.

Choro ao vivo – Lula (PT) se emocionou, ontem, ao falar sobre meninas de 14 anos que “precisam se prostituir para comer”. A declaração foi dada durante entrevista ao vivo ao humorista Paulo Vieira. “Quando eu vejo uma menina de 14 anos, 15 anos, às vezes tendo que se prostituir por falta de comida, cara. Uma pessoa vender o corpo porque quer comer o pão de cada dia não é possível. Como seres humanos, nós não temos o direito de aceitar isso”, declarou Lula, chorando.

CURTAS

RÁDIOS – Rádios do Nordeste contestaram a denúncia apresentada por membros da campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). Elas foram acusadas de veicular mais inserções do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto, neste mês de outubro.

ASSERPE – Em nota, a Asserpe – Associação das Emissoras de Rádio e TV de Pernambuco – informou que as inserções foram feitas depois de reuniões presenciais no TRE, sendo emitidos comunicados às rádios sobre o envio de peças e mapa de veiculação, no caso das inserções para governador, e dos links, mapas e procedimentos para veiculação obrigatória das inserções para presidente da República.

Perguntar não ofende: Qual vai ser a próxima bomba nessa campanha louca para presidente?

Fonte:Blog do Magno Martins.

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