quarta-feira, 3 de agosto de 2022

O correto Ricardo Teobaldo

No discurso que fez, domingo passado, na convenção que homologou sua candidatura a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho destacou a lealdade canina do presidente estadual do Podemos, deputado Ricardo Teobaldo, que disputa um novo mandato para a Câmara dos Deputados. “Teobaldo é um homem de uma palavra só, de integridade, de valores consolidados e firmados. Com a sua reeleição, quem ganha é Pernambuco”, disse.

Na verdade, Miguel fez justiça a quem com ele foi extremamente correto. Ao levar o Podemos, primeiro grande partido para a aliança do candidato do União Brasil, Teobaldo não apenas se manteve firme como uma rocha, sem titubear um só instante diante de acenos de outras candidaturas, como convenceu muitas lideranças para o palanque do ex-prefeito de Petrolina, entre os quais a prefeita de Ipojuca, Célia Sales, e todo o seu grupo político.

Não era de se esperar outro comportamento em se tratando de alguém com um passado de coerência. Na eleição do Recife, em 2020, o presidente do Podemos não se curvou às pressões da Frente Popular no segundo turno e apoiou Marília Arraes. “Ganhei apenas não um aliado que me orgulha e nos aponta soluções, como um conselheiro, um grande amigo”, acrescentou Miguel.

Em política e nas atitudes que a vida impõe, a lealdade é um dos pilares que sustentam o real valor do homem. Não significa nada menos que ter em seu coração o princípio absoluto da abnegação. Quem administra bem a virtude da lealdade, alcança a sua bondade, e com a bondade escapa das maldades.

A lealdade hoje na política é algo que escasseia num universo cada vez mais deserto. Pressupõe administrar o seu ego, saber colocar as necessidades do outro na frente das suas. É algo muito latente na alma. Lealdade não é condição ou sentimento, mas um comportamento inerente, próprio, pessoal, não circunstancial.

Convenção pedetista – Na sequência das convenções, o PDT formaliza, hoje, apoio ao candidato da Frente Popular, Danilo Cabral. Será na sede da legenda, no Recife, reunindo representantes trabalhistas de todo o Estado. O presidente estadual, deputado federal Wolney Queiroz, presidirá os trabalhos ao lado do pai, o deputado estadual José Queiroz. A expectativa da direção da sigla é lançar 40 candidaturas, entre postulantes a vagas estaduais e federais.

DNA bolsonarista – Em entrevista, ontem, a uma emissora de rádio de Petrolina, o ex-deputado Sílvio Costa, agora na condição de suplente de senador de Teresa Leitão (PT), associou os dissidentes da Frente Popular ao bolsonarismo. “Tenho certeza que esses que brigaram com a Frente Popular e lançaram projetos pessoais estão prestando de forma involuntária um serviço ao bolsonarismo”, afirmou, saindo da muda, como se diz no Sertão.

Palanque mineiro – O presidente Jair Bolsonaro (PL) deu mais um passo na campanha que tentará a reeleição à Presidência da República e definiu, ontem, seu palanque em Minas Gerais, segundo maior colégio eleitoral do País. Teve encontro com o senador Carlos Viana (PL-MG), a quem anunciou apoio à sua candidatura. Viana disputará a corrida eleitoral em Minas contra com o atual governador Romeu Zema (Novo).

Na tela mágica – A equipe do ‘Jornal Nacional’ realizou o sorteio da ordem de entrevistas da tradicional sabatina com os presidenciáveis mais bem colocados nas pesquisas de intenção de votos. Ficou assim: Jair Bolsonaro (segunda, dia 22), André Janones (terça, 23), Ciro Gomes (quarta, 24), Lula (quinta, 25) e Simone Tebet (sexta, 26). Os convidados têm até quinta-feira (4) para confirmar a presença. Lula e Bolsonaro pedem um tempo ao vivo no ‘JN’ há anos.

Tensão global – Na TV-Globo, o clima é de expectativa e apreensão. Existe o temor de que a temperatura suba além do tolerável caso Lula e Bolsonaro decidam ‘se vingar’ de Bonner ao longo dos 40 minutos da entrevista ao vivo com cada presidenciável. Em 2018, o então candidato do PSL causou desconforto ao citar questões pessoais do jornalista, como sua vida conjugal, e questionar a âncora Renata Vasconcellos por ter um salário menor que o do colega de bancada.

CURTAS

IMPROPÉRIOS – Lula lançou o desafio de ser chamado para o JN quando ainda estava preso. Já Bolsonaro se ofereceu pelo menos três vezes em suas lives semanais. Ambos se dizem perseguidos e difamados pelo jornalismo da Globo e demonstram indisfarçáveis ira e rancor contra o âncora e editor-chefe do ‘Jornal Nacional’, William Bonner. Bolsonaro já o xingou de “sem vergonha” e “maior canalha”.

SEM ACORDO – Terminou sem acordo de valores a audiência de instrução da ação por danos morais e materiais movida pela família de Miguel Otávio Santana, de cinco anos, contra Sarí Corte Real, ontem, no Recife. A família do garoto, que morreu ao cair de um prédio de luxo no Recife, há pouco mais de dois anos, pede uma indenização de R$ 895 mil.

Perguntar não ofende: O que levou Michele Bolsonaro a cancelar sua agenda ontem em Pernambuco?

Fonte:Blog do Magno Martins.

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