segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Ciro Gomes poderá ser o antídoto para Miguel Coelho se desvincular de Bolsonaro em PE

 

Desde que definiu o DEM para ser candidato a governador de Pernambuco, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, vem trabalhando diuturnamente para construir um palanque forte e se tornar o ungido do bloco oposicionista. Para que isso aconteça, ele precisa dialogar com muita gente, inclusive com outras legendas que estão fora do radar da Oposição.

Baseado na promessa que o PDT desembarcaria da Frente Popular caso o PSB e PT voltassem com a aliança, Miguel Coelho se reúne nessa semana com o deputado Wolney Queiroz, presidente do PDT-PE, em Brasília. Será o segundo encontro que eles vão ter com a pauta política. Miguel foi a Caruaru em abril, quando Wolney revelou o possível desembarque de sua sigla da Frente Popular. Hoje, o PDT já integra a base de Miguel em Petrolina.

Diante disso, a construção de Miguel com o partido de Ciro Gomes poderá render frutos. O PDT quer um palanque para o presidenciável em Pernambuco. Ao mesmo tempo em que se vincular ao ex-governador cearense, Miguel se afasta completamente do bolsonarismo e aponta seu palanque para o eleitor de centro-esquerda. Hoje, os Coelhos têm vínculo com a imagem do presidente Bolsonaro, que tem o senador Fernando Bezerra como líder do Governo no Senado, além do comando da Codevasf, principal braço do grupo em Pernambuco.

ALTA REJEIÇÃO – Na última pesquisa divulgada no Estado, 65% dos entrevistados disseram que não votariam em candidatos apoiados pelo presidente Bolsonaro, enquanto que apenas 15% sinalizaram positivo para um nome que levante a bandeira do presidente. Ou seja, quem quer se tornar competitivo terá que se desvincular do presidente. Essa campanha terá um tom nacional e isso será determinante para o resultado do pleito.

EQUAÇÃO – Se o PDT optar por subir em seu palanque, Miguel Coelho terá que pesar a equação da união com a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), que é a maior adversária política dos Queiroz. Coelho terá que optar se garante mais uma legenda para a Oposição ou se firma a unidade do bloco com o entendimento com Raquel. Essa é uma partida de xadrez difícil de jogar.

TESTE NAS RUAS – Outro nome que disputa a indicação da Oposição é o prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL). Ontem, ele esteve na cidade de Canhotinho, no Agreste, fazendo seu primeiro teste nas ruas fora da Região Metropolitana. Participou de ato ao lado da prefeita Sandra Paes; dos deputados estadual Álvaro Porto e federal André Ferreira. No discurso, Anderson disse que “a chave vai virar, Pernambuco precisa mudar”.

RECEBEU APOIO – Em sua passagem pelo Agreste, Anderson Ferreira (PL) recebeu o apoio do deputado estadual Álvaro Porto e seu grupo político. Em discurso bem acalorado, Porto chamou Anderson de “futuro governador de Pernambuco” e destacou sua gestão em Jaboatão. Essa agenda de rua será ampliada até o final do na,o quando a Oposição deverá bater o martelo na escolha da chapa.

RÁPIDAS 

FÓRUM DOS GOVERNADORES – Governadores de 23 estados e do Distrito Federal confirmaram presença na reunião do Fórum dos Governadores, marcada para hoje (23), em Brasília e por videoconferência, para debater, entre outros pontos, a tensão e a crise entre os poderes. Estão fora dessa lista os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), que são aliados do presidente Bolsonaro.

ELEIÇÕES SUPLEMENTARES – Neste final de semana foram realizadas as convenções partidárias para as eleições suplementares nas cidades de Palmerina e Capoeiras, ambas no Agreste. O pleitos prometem ser quentes, sobretudo pela proximidade com as eleições estaduais, ou seja, será parâmetro para muitos deputados.

LANÇAMENTO – O presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos, vai lançar no próximo mês a versão digital do livro “Diálogos no Mundo Contemporâneo”, que teve sua primeira edição publicada em 2011. Os lançamentos serão realizados na Academia Pernambucana de Letras (APL) e na Organização das Nações Unidas (ONU). Nas palavras de Tonca, a obra é “uma reflexão sobre cultura, raça, fundamentalismo religioso, entre outros temas correlatos”.

PINGA-FOGO: PDT terá coragem de romper mesmo com PSB, ou repetirá 2018, quando apoiou Maurício Rands sem sair do Governo?

Fonte: Blog do Elielson.

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