terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Sinalização de João Campos reforça distanciamento do PT

 

O prefeito eleito do Recife, João Campos (PSB), ainda no domingo sinalizou que o Partido dos Trabalhadores não faria parte da sua gestão caso lograsse êxito na disputa contra sua prima Marília Arraes (PT), a declaração se repetiu após João ser confirmado como o novo prefeito do Recife a partir de primeiro de janeiro de 2021.

O sentimento externalizado pelo futuro chefe do executivo municipal ganha ressonância entre aliados da Frente Popular também no âmbito estadual, onde o PT ocupa a secretaria de Desenvolvimento Agrário, órgãos subordinados à pasta e também a presidência da EPTI com a ex-primeira-dama Marília Bezerra, esposa do vereador João da Costa.

Eles aguardam ansiosamente pela reciprocidade do apoio ofertado ao PSB na disputa pela prefeitura do Recife. De acordo com um parlamentar em reserva, o PT deveria fazer esta reflexão e colocar os cargos ocupados à disposição do governador Paulo Câmara já no sentido de deixar o comandante estadual a vontade para avançar com uma minirreforma administrativa visando os próximos dois anos de governo.

Para este mesmo parlamentar, não há mais clima para o PT permanecer na Frente Popular, que agora é composta por PSB, PDT, PP, MDB, PSD, PROS, PCdoB, Avante, Republicanos e Solidariedade, partidos que estiveram do início ao fim ao lado do projeto vitorioso liderado por João Campos na capital pernambucana.

Suplementares – Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso definiu a questão dos eleitos “sub judice” como “um problema”. A decisão definitiva sobre os “sub judice” pode gerar a redefinição do quociente eleitoral, no caso dos vereadores, ou gerar eleições suplementares para prefeito. As eleições suplementares, caso necessárias, serão feitas em 2021. Nestes municípios, a regra será o presidente da Câmara de Vereadores exercer interinamente o cargo de prefeito até a nova eleição.

Facada – A Defensoria Pública da União (DPU) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tirar Adélio Bispo, autor do atentado a faca contra Jair Bolsonaro, da penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. A DPU pede que Adélio seja transferido para um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico em Minas Gerais, onde possa dar início ao tratamento de saúde que necessita. A decisão caberá ao ministro Nunes Marques, primeiro indicado por Bolsonaro para o STF.

Consultoria – O ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, foi anunciado como novo diretor de empresa de consultoria americana. É o mesmo escritório que atua como administradora judicial da Odebrecht, empreiteira investigada pela Lava Jato. Como juiz no Paraná, Moro conduziu os processos da Lava Jato. “Não é advocacia, nem atuarei em casos de potencial conflito de interesses”, justifica Moro. O ex-ministro segue cotado para a presidência em 2022.

Disparou – No início da campanha eleitoral, João Campos (PSB) tinha 150 mil seguidores no Instagram. Porém a campanha eleitoral fez com que ele se aproximasse dos 300 mil seguidores. O prefeito eleito do Recife tem forte presença e engajamento nas redes sociais.

Inocente quer saber – Quando o PT entregará os cargos que ocupa nas gestões do PSB?

Fonte : Blog do Edmar Lyra.

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