A campanha eleitoral no Recife tem mostrado, além das propostas e posicionamentos dos candidatos a prefeito, a importância de seus respectivos vices. No município, os escolhidos para o cargo têm adotado uma postura participativa e, muitas vezes, de protagonismo. Isabella de Roldão (PDT), vice de João Campos, é uma das que tem assumido essa postura e, inclusive, realizado agendas individuais. No entanto, ela reforça a sua atuação conjunta com João. “Não existe um papel figurativo. É um papel ativo e que a gente tem construído. É uma construção colaborativa, harmônica”, ressalta a ex-secretária de Habitação do Recife.
Já João Arnaldo (PSOL), vice de Marília Arraes (PT), também tem acompanhado ativamente as agendas da petista e mantido a comunicação direta com a população. “A indicação da vice se deu como fruto de processo político de construção de uma proposta para o Recife. Não foi só uma composição de nomes, porque tem que ter indicação”, pontua. Ele também destaca que “ser vice de uma mulher” que, em seu entendimento, é a mais preparada para vencer o pleito deste ano, tem um “simbolismo importante” porque a cidade sempre foi administrada por homens.
Além deles, Priscila Krause (DEM), vice de Mendonça Filho (DEM) também assumiu um papel de destaque na chapa. Um dos quadros mais promissores do Democratas, ela é presença constante nas agendas de campanha e chegou a ser escalada para rebater críticas do candidato Alberto Feitosa (PSC). Conhecida por seu discurso forte e combativo, ela também tem uma presença estratégica nas críticas ao governo e na defesa das propostas do partido.
“A minha relação com Mendonça é de integração muito grande. É uma relação de muita convergência. Isso vai refletir na gestão, com certeza”, anota Priscila.
Produtor cultural, Leo Salazar (Cidadania), vice da Delegada Patrícia Domingos (Podemos), por sua vez, tem tentado aproximar a prefeiturável do setor, participando de agendas com representantes da classe artística. Ele reforça que o seu papel “é somar ao perfil” da cabeça de chapa, mas reconhece o papel constitucional do cargo. “Que é de substituir o prefeito e também ser um auxiliar do prefeito. Então, a missão que a prefeita der ao vice, eu vou estar lá para cumprir”,diz.
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