“Temos muito a comemorar e Deus queira que a gente possa avançar ainda mais e ter outros momentos importantes para o movimento municipalista.” Com essa avaliação, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, protagonista de conquistas recentes do municipalismo, celebra os 40 anos de fundação da principal entidade municipalista do país. A trajetória do líder municipalista, iniciada em 1988 e dedicada à melhoria da vida das pessoas, se mistura com a própria história de luta que faz da Confederação uma referência na defesa dos interesses dos Municípios e da população.
Neste mês, em que CNM celebra 40 anos, reunimos as conquistas e rememoramos os momentos marcantes em prol dos Entes locais na campanha Município: palco da vida, que é encerrada hoje. Na série, a Confederação já relembrou, por exemplo, conquistas nas áreas de saúde, educação, finanças, assistência social, mobilidade, saneamento, meio ambiente, defesa civil, habitação, cultura, turismo e consórcios. O conteúdo completo está disponível aqui.
O ápice da vida pública de Aroldi ocorreu em 2018 ao assumir a presidência da Confederação. Antes, foi eleito vereador de Saldanha Marinho (RS) e assumiu a prefeitura da sua cidade natal em três oportunidades. Ele também presidiu a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), a Associação de Munícipios do Alto Jacuí e o Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal dos Municípios do Alto Jacuí e Alto da Serra do Botucaraí (Comaja). A ocupação desses cargos permitiu que Aroldi convivesse com outras personalidades, dentre as quais, o presidente de honra da CNM, Paulo Ziulkoski.
Assumir a representatividade no movimento municipalista após a saída de Ziulkoski, que presidiu a CNM por mais de 20 anos, foi mais um desafio apontado por Aroldi na sua gestão. “Estar à frente da CNM é uma honra, mas também uma responsabilidade. Fazer esse movimento avançar ainda mais depois do trabalho de tantas lideranças que aqui passaram durante esses 40 anos e ajudaram a construir a Confederação é sem dúvida uma tarefa difícil e, especialmente, substituir o presidente Paulo Ziulkoski - o maior líder do movimento municipalista -, que com sua a sua visão, competência e experiência soube levar a CNM onde ela está. O movimento municipalista deve muito a ele”.
Momentos marcantes
As décadas dedicadas ao municipalismo, como era de se esperar, foram marcadas por vários fatos históricos que consolidaram ainda mais o movimento municipalista brasileiro. Para Aroldi, alguns desses momentos ocorreram durante os primeiros anos da maior mobilização municipalista do país. “A primeira Marcha em 1998 e a de 2013 foram marcantes. Liderados pelo presidente Paulo, os gestores foram recebidos por cachorros no Congresso Nacional e depois a Marcha que a presidente Dilma colocou dedo em riste no presidente Paulo por conta da defesa que ele estava fazendo naquela oportunidade da pauta municipalista que tramitava no Congresso Nacional e discutida junto ao governo federal. Esses e outros momentos marcaram efetivamente o movimento municipalista brasileiro “, recordou.
A memória do líder municipalista ainda remete à época em que ele foi presidente da Famurs e lutou por um aumento de 50% nos repasses transferidos aos Munícipios gaúchos para o custeio de despesas com o transporte escolar.
Desafios
O trabalho do movimento municipalista sempre teve como foco reverter o cenário desfavorável que os atuais critérios do Pacto Federativo impõem às prefeituras. Cada vez mais, o excesso de obrigações dos Municípios sem a contrapartida financeira inviabiliza a gestão local e o atendimento à população. Ao longo de 4 décadas, a CNM tem atuado junto aos três Poderes pela melhoria dos serviços prestados pelos Municípios aos cidadãos.
Este ano pode ser considerado um divisor para o movimento municipalista, em razão de pautas históricas estarem em discussão no Congresso Nacional e no governo federal. Em razão disso, o presidente da CNM considera que esse momento requer ainda mais vigilância de todos os municipalistas. Pautas como a Reforma Tributária, a permanência do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e a possibilidade de extinção dos Municípios merecem destaque.
“Todos os dias aparecem situações que dificultam a vida dos gestores municipais. E a CNM precisa atuar nesse sentido. Mas 2020 é um ano extremamente importante e decisivo para a federação brasileira. Nós vamos tratar de várias propostas que estão no Congresso Nacional. Entre elas a Reforma Tributária, que vai mexer com a vida da população e o Fundeb permanente que financia a Educação Básica no Brasil. Vamos tratar também das Propostas de Emenda a Constituição (PEC) 186,187, 188, sendo que a última trata da extinção de 1.217 Municípios e nós já estamos trabalhando muito para evitar que isso ocorra“, adiantou Aroldi ao pedir também a participação de todos os municipalistas.
Por: Allan Oliveira
Fonte : Agência CNM de Notícias.
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