Na metade de agosto, o blog de Jamildo já havia relatado que, sem o PSD, que acaba de entrar no governo Raquel Lyra, o grupo polítuco do ex-prefeito Miguel Coelho deveria entrar na gestão João Campos. João Campos, visando dar um troco a governadora Raquel Lyra pela perda do PSD no palanque, se reuniu com Miguel Coelho e poderia nomear Antonio Coelho no Turismo. Antônio é um dos mais preparados parlamentares do Estado.
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Na próxima sexta-feira, às 14h, o prefeito João Campos formalizará a aliança com o grupo político ds Coelhos com o a posse do deputado estadual Antônio Coelho na Secretaria de Turismo e Lazer do Recife.
No meio das especulações, dava-se conta que o próprio Miguel Coelho, ex-candidato ao governo do Estado nas eleições passadas, cogitou assumir a pasta de Turismo, na capital. A decisão final foi tomada pelo Miguel Coelho, que indicou o próprio irmão para ocupar o espaço, aberto na esteira das eleições municipais de 2024.
De acordo com essas fontes de bastidores, Miguel Coelho chegou a cogitar assumir a pasta como forma de ganhar uma tribuna na região Metropolitana do Recife. "Ele não pode ficar apenas falando do que fez em Petrolina ou criticando iniciativas do presente. Tem que apresentar resultados, enquanto consolida seu nome na capital", afirmam interlocutores.
O prefeito do Recife, João Campos, vinha dialogando com os Coelhos de Petrolina há meses, pode oficializar a entrada de Miguel Coelho e seu grupo em sua base metropolitana.
Antonio Coelho tem feito oposição a Raquel na Assembleia Legislativa de Pernambuco desde que o relacionamento entre ela e sua família azedou.
Nas eleições de 2022, houve ao menos uma troca de farpas pública que estremeceu a relação. Os ataques nas eleições podem não ter sido perdoados. 'Sou o único candidato com coragem de peitar "donos" do transporte público', disse Miguel, nas eleições. O troco veio na mesmo moeda, na mesma semana das eleições, com a divulgação de licitações da cidade do Sertão, então gerida por Miguel. Justiça vê fraudes e anula licitação de ônibus de Petrolina.
Raquel Lyra não fez o menor esforço para assegurar os Coelhos ao seu lado, tendo demonstrado preferência por Anderson Ferreira, que era o candidato de Bolsonaro e ficou calado no segundo turno, evitando jogar a rejeição do ex-presidente no colo dela. Conta-se que o erro de Miguel com ela teria sido este. Ao declarar apoio, o candidato do União Brasil, Miguel, segundo mais associado com o nome de Bolsonaro, teria visado jogar a rejeição do ex-presidente nas costas dela.
Seja verdadeira ou não a justificativa, Raquel não aceitou a indicação de Antonio como presidente da Comissão de Finanças e não teria demonstrado interesse em atender o grupo que desejava ocupar uma secretaria. Na campanha, nos bastidores, a tucana rechaçava qualquer aproximação com o grupo de FBC, pai de Miguel Coelho.
A aliança política entre o ex-prefeito de Petrolina Miguel Coelho e o grupo do prefeito do Recife João Campos deve ter efeito direto no União Brasil, que via uma disputa direta entre Miguel Coelho e Mendonça Filho contra Luciano Bivar.
Com a ajuda de Mendonça Filho, nas últimas semanas de campanha em 2022, Miguel Coelho conseguiu conquistar 14,78% dos votos da capital para governador e pode transferir parte disso para João em 2024.
Fonte: Blog de Jamildo.
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