Os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) começaram a receber apoios políticos de peso para o segundo turno da corrida presidencial.
Ao lado do presidente, os governadores reeleitos de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), declararam na manhã desta terça-feira (4) apoio a Bolsonaro. Ele também conquistou o apoio de Rodrigo Garcia (PSDB), governador de São Paulo que foi derrotado em sua tentativa de reeleição, no último domingo (2).
Já o PDT, de Ciro Gomes, anunciou apoio a Lula no começo da tarde de hoje, informação antecipada pelos analistas da CNN Gustavo Uribe, Basília Rodrigues e a repórter Tainá Falcão. O anúncio foi feito pelo presidente do PDT, Carlos Lupi.
Logo depois, o próprio Ciro Gomes divulgou um vídeo afirmando que apoia a decisão do seu partido, conforme antecipado pela analista de política da CNN Basília Rodrigues.
O pedetista também disse que não faria parte de um novo governo petista. “Adianto que não pleiteio e nem aceitarei qualquer cargo em um eventual futuro governo”, disse.
O Cidadania, que forma uma federação partidária com o PSDB, também anunciou apoio a Lula nesta terça.
Pelas redes sociais, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil), que deixou o governo em 2020 rompido com o presidente, também declarou apoio a Bolsonaro nesta terça-feira (4).
Senador eleito pelo Paraná, Moro escreveu: “Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”.
Nesta terça (4), os presidenciáveis devem ter olhos atentos nas definições de posicionamento para o segundo turno por parte de Simone Tebet (MDB).
Tebet aguarda decisões de aliados
Conforme anunciou após a apuração do primeiro turno, Tebet já tomou sua decisão, mas deu 48 horas para os partidos de sua candidatura se manifestarem. Além do MDB, ela estava na chapa com a federação formada entre PSDB e Cidadania – este último declarou apoio ao petista.
O MDB está em consulta com os diretórios estaduais, mas não deu previsão para anúncio de decisão.
O PSDB anunciou que a Executiva Nacional da sigla se encontrará nesta terça-feira (4) para decidir sobre a liberação de seus diretórios no segundo turno.
Foco no Sudeste
Em uma reunião da coordenação de campanha petista nesta segunda (3), Lula avaliou que é necessário direcionar energia para o Sudeste do país – principalmente Minas Gerais, para garantir que a dianteira obtida no primeiro turno não se dissolva.
Para integrantes da campanha petista, o desempenho inferior ao que era esperado em São Paulo e em Minas Gerais, que juntos representam quase 51 milhões de eleitores, foi o fator decisivo para levar a disputa ao segundo turno.
Agora, a expectativa é de que o candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), entre em ação, intensificando a agenda, principalmente no interior paulista, para tentar reverter a vantagem bolsonarista no estado.
O foco na região Sudeste também será o norte da campanha de Bolsonaro para o segundo turno.
Na noite desta segunda (3), o Planalto ligou para apoiadores e políticos considerados importantes para a conquista de votos em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para um café da manhã no Palácio da Alvorada, nesta terça (4).
De acordo com uma fonte da coordenação da campanha de Bolsonaro, o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira também deve colaborar nas conversar para angariar apoio nesses estados para o segundo turno.
Zema declara apoio à candidatura de Bolsonaro
Em pronunciamento após encontro na manhã desta terça (4), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que foi reeleito no primeiro turno, declarou oficialmente seu apoio à candidatura do presidente.
“Eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário. Até porque o adversário dele foi o mesmo adversário que eu tive em Minas Gerais”, disse Zema em discurso.
Em entrevista à CNN na segunda (3), o governador mineiro já havia dito que “seu grande objetivo [no segundo turno] é combater o PT”.
Partidos definem diretrizes para segundo turno
Apesar do candidato do Novo para o primeiro turno, Felipe D’Avila, ainda não ter se pronunciado, o partido liberou os filiados, dirigentes e mandatários a declararem apoio livremente no segundo turno das eleições presidenciais.
No entanto, a nota que anuncia a liberação pontua que “o partido se vê na obrigação de reforçar seu posicionamento institucional histórico totalmente contrário ao PT”.
O Democracia Cristã (DC), que teve José Maria Eymael como candidato no primeiro turno, também liberou os filiados para “votarem conforme a sua consciência”.
O Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que teve a candidata Sofia Manzano no primeiro turno, deliberou o apoio a Lula para o segundo turno. “Faremos o balanço crítico na hora certa. Agora é Lula”, afirmou Manzano, no Twitter.
Já o Partido Social Cristão (PSC), que não se posicionou no primeiro turno, declarou apoio a Bolsonaro para a eleição do próximo dia 30.
O presidente do partido, pastor Everaldo, afirmou que Bolsonaro é o candidato que defende as bandeiras conservadoras do PSC.
* Publicado por Léo Lopes, com informações de Gustavo Uribe, Basília Rodrigues, Rudá Moreira e Carolina Figueiredo, da CNN.
Fonte: Blog da CNN.
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