A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB-PE), disse na última segunda-feira (26) que “é lamentável” que um ex-presidente da República se torne inelegível. A declaração feita no programa Roda Viva, da TV Cultura, em referência ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi criticada pela ex-deputada federal Marília Arraes (SD-PE) Lyra disse lamentar o fato de que "um ex-presidente da República esteja sendo julgado e possa se tornar inelegível".
Ela ainda afirmou que não é contra o julgamento, porém é "muito ruim que alguém que ocupou a Presidência da República esteja respondendo por isso no Brasil, uma democracia tão incipiente”.
A líder tucana, eleita no ano passado e que evitou se posicionar no segundo turno, justificou que entende que o ex-mandatário precisa ser responsabilizado por seus atos, caso o Judiciário considere que ele cometeu ilegalidades, mas defendeu que a democracia do país precisa ter estabilidade.
“Quero um Brasil em que a gente consiga ter estabilidade na democracia e que haja cumprimento às normas e valores de um Estado Democrático de Direito, respeitando a sua Constituição. De toda forma, acho lamentável e se ele [Bolsonaro] tiver que responder com a inelegibilidade, é resultado de seus atos”, pontuou.
A gestora pernambucana negou, no entanto, que ela e sua sigla vejam com bons olhos uma eventual inelegibilidade de Jair Bolsonaro para obter benefícios eleitorais na disputa presidencial de 2026.
Segundo Raquel Lyra, discutir a inelegibilidade não é parte do “exercício de fortalecimento" do PSDB e não integra um esforço para viabilizar uma nova figura política nas próximas eleições gerais.
Diante das declarações da gestora, a ex-deputada federal Marília Arraes, através de suas redes sociais disse que Lyra costuma se definir como "neutra" porém tem peculiaridades com o bolsonarismo.
"Se diz neutra. Não dialoga, massacra trabalhadores, desvaloriza servidores, caos na saúde e educação, cheio de bolsonaristas no governo e agora vem com essa pérola", escreveu Marília.
O ex-presidente Jair Bolsonaro responde a um processo na Justiça Eleitoral por ter reunido no Palácio do Planalto no ano passado, um grupo de embaixadores em um evento oficial de governo transmitido pela TV Brasil para criticar o sistema eleitoral e as urnas eletrônicas. O julgamento pode deixá-lo inelegível por 8 anos.
Fonte: Leia Já
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