A CPI dos atos golpistas interroga, nesta segunda-feira (26/6), Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional (DOP) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Ele, que diz ter entrado de licença dias antes do ato por estar doente, afirma que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) só avisou as forças policiais sobre a invasão às 10h do dia 8 de janeiro, data em que ocorreram as manifestações de depredação e vandalismo.
Naime dá conta da existência de um relatório da Abin, comprovando o disparo da informação sobre atos às 10h. “Ou as agências não passaram a informação para o secretário [de Segurança] e o comando-geral, ou eles ficaram inertes”, disse o coronel.
De acordo com o PM, a antecipação da ação em ”cinco horas poderia ter sido decisiva para mobilização de policiamento”. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) classificou a situação como uma “clara omissão do comando da Polícia Militar”.
De acordo com Naime, no dia anterior aos atos foi criado um grupo chamado “Sisbin”. O coronel aponta que relatório da Abin indica provável participação do GSI do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o PM, além do relatório das 10h do dia 8/1, havia aviso emitido no dia anterior pela Abin, dando conta da ação golpista contra a Praça dos Três Poderes.
O coronel aponta a necessidade de a CPI do 8/1 obter os relatórios da Abin, com foco nos emitidos a partir da sexta-feira anterior aos ataques antidemocráticos. A ideia foi acolhida por parlamentares e deve se transformar em solicitação do colegiado para acesso aos documentos.
Segundo ele, fariam parte do grupo o chefe do Centro de Inteligência, Coronel Reginaldo; o chefe do Comando de Policiamento Regional Metropolitano I, tenente Júnior; a delegada federal e chefe da subsecretaria de inteligência, Dra. Marília; e o coronel da PMDF Jorge Henrique Pinto.
Veja como foi o depoimento de Jorge Eduardo Naime à CPI dos atos golpistas:
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