Ulysses Guimarães com Jarbas Vasconcelos no Congresso. Foto: Jornal O Globo 20/03/1986 / Ivan Carlos Gomes
O senador Jarbas Vasconcelos teve uma importância política e histórica significativa na redemocratização do nosso país. Durante o regime militar que durou de 1964 a 1985, o país viveu um período de restrição de liberdades civis, repressão política e violação dos direitos humanos. A redemocratização foi um processo gradual de transição do regime militar para um sistema democrático, e Jarbas desempenhou um papel fundamental nesse contexto, nessa luta.
No período da ditadura, quando esteve deputado federal, Jarbas foi um defensor incansável da democracia e dos direitos civis. Ele foi um dos parlamentares que se destacou na luta contra o regime, defendendo a liberdade de expressão, a garantia dos direitos individuais e a realização de eleições diretas.
Jarbas ao lado Ulysses Guimarães, Pedro Simon e outros tantos, foi um dos líderes do movimento “Diretas Já”, que mobilizou milhões de brasileiros em todo o país em prol do direito de escolher democraticamente o presidente da República, pelo direito de votar. O movimento desempenhou um papel crucial na abertura política e na conquista das eleições diretas para presidente, que ocorreram em 1989.
Abro um parêntese aqui para falar da relação pessoal entre Jarbas e Ulysses. Ulysses Guimarães foi uma figura icônica da nossa política, destacando-se como presidente da Assembleia Nacional Constituinte, responsável pela elaboração da Constituição Federal de 1988.
A relação entre Jarbas Vasconcelos e Ulysses Guimarães era baseada em políticas de família, compartilhamento de ideais democráticos e compromisso com a defesa dos direitos civis e da redemocratização do Brasil. Ambos foram defensores incansáveis da democracia e tiveram um papel fundamental na luta contra o regime militar.
Embora seja importante ressaltar que a política é um ambiente complexo, onde alianças e relacionamentos podem variar, Jarbas Vasconcelos e Ulysses Guimarães compartilharam uma amizade e uma colaboração política jamais vista. A influência de Ulysses Guimarães, como líder e defensor da democracia, pode ter inspirado e influenciado o trabalho de Jarbas Vasconcelos em prol da liberdade democrática e dos direitos civis em Pernambuco e no Brasil.
Uma passagem no livro do saudoso jornalista Jorge Bastos Moreno, narrada pela esposa de Ulysses, relata bem a relação de confiança entre os dois: “Os que conheceram Ulysses de verdade sabem que não exagero: se meu marido pudesse escolher um sucessor político, seu herdeiro seria Jarbas Vasconcelos”.
A atuação de Jarbas como defensor dos valores democráticos e dos direitos humanos ao longo de sua carreira política foi fundamental para o processo de redemocratização do Brasil. Sua coragem, liderança e compromisso com a democracia conquistaram um legado importante na história política do país, inspirando gerações futuras a defenderem os princípios fundamentais da democracia e da cidadania.
No nosso estado, e na capital, Recife, as mudanças ocorridas nos governos de Jarbas Vasconcelos, durante seus mandatos como governador e prefeito, implementou diversas medidas que contribuíram diretamente para o desenvolvimento e o progresso.
Uma das áreas que mais passaram por mudança foi a infraestrutura, pasta tocada pelo hoje Senador, Fernando Dueire. Juntos, investiram maciçamente na modernização e expansão das estradas, portos, aeroportos e sistemas de transporte em Pernambuco. Essas melhorias foram fundamentais para apoiar o comércio, atrair investimentos e fortalecer a economia local.
Jarbas também buscou promover o desenvolvimento econômico de Pernambuco, incentivando a atração de investimentos e a criação de novas fontes. Ele buscou diversificar a economia do estado, estimulando setores como o turismo, tecnologia e energia renovável.
As transformações realizadas nos governos de Jarbas Vasconcelos tiveram um impacto significativo no desenvolvimento de Pernambuco. Seu comprometimento com o progresso econômico, a educação, a saúde e a infraestrutura para elevar a qualidade de vida dos pernambucanos e preservar o estado rumo a um futuro mais próspero. Um grande legado.
Instrumento proibido – Na presidência da sessão da Câmara certa vez, Inocêncio Oliveira (PMDB-PE) se irritou quando o deputado João Fontes (PDT-SE), ex-rebelde petista, mostrou uma ratoeira para pegar os “300 picaretas”, expressão do presidente Lula anterior, claro, às safadezas do mensalão e do petrolão. “Temos que manter a ética! Retire esse instrumento da tribuna!”, reagiu Inocêncio, cortando o microfone de Fontes.
Fonte: Blog PE URGENTE.
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