Reeleito governador por Minas Gerais com 6,094 milhões de votos, Romeu Zema (Novo) criticou duramente o PT, descartou a possibilidade de apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da corrida presidencial e fez um forte aceno a Jair Bolsonaro (PL).
“Estarei ao lado do presidente Jair Bolsonaro evitando que o desastre do passado se repita”, afirmou Zema, em entrevista concedida à CNN Brasil nesta segunda-feira (3/10).
No domingo (2/10), Zema já havia adiantado seu posicionamento: “Apoiar o PT está fora de cogitação, o partido que destruiu Minas Gerais, que provocou a maior recessão do Brasil em 2015 e 2016, gerando mais de 10 milhões de desempregados. É um partido que não merece nenhum tipo de apoio pelos danos que já causou”, enfatizou.
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O governador reeleito ainda lembrou que faz parte do empresariado e falou que o PT provocou “desastre” no setor. “Eu venho do setor privado e sei mais do que ninguém o desastre que o PT provocou em 2015 e 2016 com mais de 10 milhões de desempregados.”
Estado-chave para a eleição
Lula e Bolsonaro foram para o segundo turno com uma diferença de 6,1 milhões de votos, quantidade muito próxima à recebida por Zema em sua reeleição. O governador mineiro pode ser a diferença para eleger Bolsonaro, por exemplo, se for seguido pelos mineiros que lhe confiaram o voto.
Quando extraídos apenas os votos em Minas Gerais, Lula ganhou de Bolsonaro com uma margem apertada. A diferença foi de 563,3 mil votos, ou 4,69%, percentual reversível para o segundo colocado.
Cenário diferente de 2018, quando Bolsonaro venceu em Minas Gerais com larga distância de Fernando Haddad, candidato do PT à época. Há quatro anos, Bolsonaro teve 58,19% dos votos válidos em primeiro turno no estado e Haddad, 41,81%.
Na ocasião, a diferença de 16,38% não foi revertida no segundo turno. Bolsonaro se manteve vitorioso em Minas Gerais, com 55,13% dos votos. Haddad teve 44,87%. Foram 10,26 pontos percentuais de distância entre os dois.
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