terça-feira, 4 de outubro de 2022

Os tabus a serem quebrados na eleição presidencial

 

Foto: Divulgação

A disputa deste ano colocou frente a frente as duas maiores lideranças políticas do país, o atual presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, e o ex-presidente Lula, que tenta voltar ao Palácio do Planalto pela terceira vez. No primeiro turno, o petista ficou em primeiro lugar com 48,43% dos votos válidos e o liberal ficou na segunda colocação com 43,20% dos votos válidos.

Desde que a reeleição foi instituída, todos os presidentes foram reeleitos, aconteceu com Fernando Henrique Cardoso em 1998, com Lula em 2006 e com Dilma Rousseff em 2014, caso Bolsonaro perca a disputa, será a primeira vez na história de um presidente tentar e não conquistar o segundo mandato.

O outro tabu a ser quebrado é o de que nunca o segundo colocado no primeiro turno conseguiu virar o jogo e vencer na segunda etapa, foi assim em 1989, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018, nos anos de 1994 e 1998 FHC liquidou a fatura no primeiro turno. Apesar disso, 2022 representou a menor diferença entre o primeiro colocado e o segundo colocado da história, que foi de 5,2% entre Lula e Bolsonaro.

Na disputa de 2006, quando Lula e Geraldo Alckmin se enfrentaram, a diferença foi muito pequena também no primeiro turno, apenas sete pontos, porém o então presidente Lula conseguiu ampliar a votação em relação ao pleito do primeiro turno e Alckmin conseguiu ter menos votos no segundo turno do que no primeiro, o que evidencia que a força da máquina, assim como ajudou Lula a ampliar sua vantagem sobre Alckmin, possa ajudar Bolsonaro a reverter o quadro contra o petista.

Ainda existe um outro tabu a ser quebrado pelo presidente Jair Bolsonaro, de que todo presidente eleito no Brasil venceu no estado de Minas Gerais, no primeiro turno Lula foi vitorioso com 48,29% contra 43,60%, num resultado semelhante ao que aconteceu em âmbito nacional, o que exige um olhar especial da campanha bolsonarista para aquele estado que é o segundo maior colégio eleitoral do país. Numa campanha de segundo turno com tempo igual na televisão e no rádio para os dois candidatos, e bastante longa, pois a concretização do segundo turno só acontecerá no dia 30, a disputa promete ser bastante acirrada e de fortes emoções.

Desempenho – O candidato ao Senado, Carlos Andrade Lima (União Brasil) foi uma grata surpresa entre os candidatos da terceira via, ao obter 258.289 votos. No Recife ele conseguiu ter mais votos que André de Paula (PSD) e em Petrolina atingiu 20% dos votos. O saldo foi considerado positivo por Carlos, que foi um dos últimos a oficializar candidatura.

Fortalecido – Apesar de ter figurado na quinta colocação, Miguel Coelho (União Brasil) obteve um expressivo desempenho no primeiro turno e já declarou apoio a Raquel Lyra (PSDB) no segundo turno. Candidato mais desconhecido da disputa, Miguel por muito pouco não foi ao segundo turno e decidiu ajudar a tucana no enfrentamento à Marília Arraes.

Anderson Ferreira – Candidato do PL a governador, Anderson Ferreira teve também um expressivo desempenho na disputa estadual e garantiu a terceira colocação na disputa.

Inocente quer saber – Anderson Ferreira irá declarar apoio formal a Raquel Lyra no segundo turno?

Fonte: Blog do Edmar Lyra.

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