sábado, 1 de outubro de 2022

Marília não sabe quem vai enfrentar

 

Pelos números do Opinião, o adversário de Marília Arraes (Solidariedade) no segundo turno só é possível identificar quem tiver bola de cristal. Raquel, Miguel e Anderson viraram japoneses, ou seja, estão iguais numericamente. O desempate se dará amanhã, no dia da eleição. Ganha a parada quem tiver mais estrutura e volume de campanha.

Dos três, Raquel é a que, teoricamente, levaria mais desvantagem. Primeiro, porque não tem prefeitos, seu comando de campanha parece desconhecer os universos eleitorais além da fronteira de Caruaru. Anderson, por sua vez, tem mais eleitores evangélicos do que mesmo bolsonaristas, com estrutura precária fora da Região Metropolitana.

Miguel, além de partir fortemente do Sertão, montou estrutura de campanha em todas as regiões do Estado e tem no comando da sua logística política e operacional um profissional do ramo, talhado para essas ocasiões: o pai Fernando Bezerra Coelho, senador da República, grande vitorioso em eleições que pareciam impossíveis.

Mas para onde o vento vai soprar? Impossível fazer um palpite, mas pelo menos na Região Metropolitana, antes a área em que Miguel era mais frágil, ele ganhou muita aderência na reta final. Além disso, entre os três que brigam para chegar ao segundo turno, é o que tem maior número de prefeitos, exceto Danilo, que parece estar fora do jogo.

A solidez de Marília – Nunca Pernambuco havia assistido a uma eleição tão acirrada, com um detalhe: Marília largou na frente, sofreu duros ataques, principalmente do PSB, mas em nenhum momento deixou de ser a favorita. Chega amanhã numa condição privilegiada. Assistirá de camarote a briga entre seus três principais adversários para saber quem será que estará lado a lado com ela no segundo turno.

Debates inócuos – Ausentar-se dos debates também não produziu nenhum efeito negativo para Marília Arraes. A TV-Globo chegou a permitir que os candidatos fizessem perguntas aos ausentes, uma regra no mínimo hilariante. Mesmo assim, com imagens de cadeira vazia e tudo, a candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco se manteve na faixa dos 35% nesta última pesquisa do Opinião.

Danilo engessou – Em praticamente seis meses de campanha, o candidato do PSB, Danilo Cabral, não avançou nas pesquisas. Pelos levantamentos do Opinião, começou com 5%, depois caiu para 4,5%, subiu para 7% e agora aparece com 9%. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, o socialista não mostrou a que veio e pode estar fora do segundo turno.

Amarelaram – O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, disse, após o debate promovido pela TV Globo, que Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) amarelaram ao não fazerem questionamentos entre si durante o programa. “Amarelaram feio, o Bolsonaro teve oportunidade [de fazer pergunta a Lula] e fugiu”, afirmou Ciro.

Caso mal-assombrado – A ministra Maria Claudia Bucchianeri, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou, ontem, a retirada imediata do ar de conteúdos que associam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, ocorrido em 2002. Na decisão, a magistrada afirma que o caso destes autos é de reiteração, às vésperas das eleições, de divulgação de conteúdo expressa e judicialmente já reconhecido como desinformativo e ofensivo, o que impõe sua imediata remoção.

CURTAS

POLICIAMENTO – A Polícia Militar de Pernambuco enviou, ontem, agentes para reforçar a segurança no interior do Estado durante as eleições gerais que acontecem amanhã. Ao todo, 1.563 policiais militares foram escalados como diárias extras.

Quem ganhar, leva – O Alto-Comando do Exército selou posição de respaldar o resultado das eleições presidenciais. Os 16 oficiais-generais do grupo mais influente das Forças Armadas indicaram que a caserna vai seguir o rito de reconhecer o anúncio do vencedor pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Quem ganhar leva”, enfatizaram os militares.

Perguntar não ofende: Quem será o adversário de Marília? 

Fonte:Blog do Magno Martins.

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