sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Eleição presidencial aperta e deve ser decidida no detalhe como em 2014

 

O ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro — Foto: Fábio Barros/Agência F8/Estadão Conteúdo e Ueslei Marcelino/Reuters

Faltando pouco mais de uma semana para o desfecho da disputa presidencial, as atenções se viram para o embate final entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula. No primeiro turno, uma diferença de apenas 5,2% em favor do ex-presidente Lula, mas o presidente Jair Bolsonaro cresceu na reta final em relação aos levantamentos divulgados e chegou com chances de reverter o quadro no segundo turno. 

A pesquisa Datafolha da última quarta-feira apontou para um empate técnico entre Lula e Bolsonaro, cujas projeções do segundo turno feitas ainda na primeira etapa sinalizavam para uma vantagem de quase vinte pontos em favor de Lula.

Na eleição de 2014 o quadro foi de acirramento entre Dilma Rousseff e Aécio Neves, porém Dilma era detentora do cargo e tentava a reeleição, já havia concluído o primeiro turno na primeira colocação com uma diferença de oito pontos sobre o tucano, na véspera da eleição o mesmo Datafolha mostrou Dilma com 52% contra 48% de Aécio, e as urnas apontaram 51,64% a favor da petista contra 48,36% do tucano.

Assim como Dilma Rousseff, Jair Bolsonaro é quem detém a caneta na busca pelo segundo mandato, o viés de alta dele é significativo, pois de imediato ele já teria crescido quase cinco pontos em relação ao resultado das urnas em menos de vinte dias, enquanto Lula, que obteve 48,4% teria crescido 3,6%, mas como a tendência é de redução da distância e a margem de erro possibilita a condição de empate, a disputa do próximo dia 30 gera muita expectativa.

A campanha de Lula precisa não só ampliar os votos no Nordeste, seu reduto principal, como conter a onda de crescimento de Bolsonaro nesta reta final em colégios eleitorais representativos, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ao presidente da República, caberá manter o ritmo de crescimento e conseguir uma redução dos votos de Lula em determinadas regiões. A semana será extremamente decisiva e qualquer deslize poderá ser fatal tanto para o atual presidente quanto para o ex-presidente.

Lula não vem – Apesar da expectativa da campanha de Marília Arraes para mais um ato no estado com a presença do ex-presidente Lula, tudo indica que ele não virá mais. Uma fonte ligada ao petista afirmou que a prioridade da campanha será aumentar os votos em regiões onde há um embate mais duro com Bolsonaro.

Confiança – Os aliados de Raquel Lyra, a exemplo dos deputados Alvaro Porto e Guilherme Uchoa Junior, estão bastante animados com a receptividade da candidatura de Raquel em todo o estado. Segundo eles, pedir votos para a tucana é muito fácil e ela tem conseguido apoio em diversos setores da sociedade.

Crítica – Quarto colocado na disputa pelo governo de Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral criticou a falta de propostas entre as candidatas Marília Arraes e Raquel Lyra neste segundo turno.

Líder – Eleito para o terceiro mandato, o deputado Felipe Carreras tem se movimentado para ser o líder do PSB na Câmara dos Deputados.

Inocente quer saber – Lula conseguirá estancar o crescimento de Bolsonaro nesta reta final?

Fonte: Blog do Edmar Lyra.

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