Em outubro é lembrada a instituição do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A data - que é celebrada no terceiro sábado deste mês - foi criada para estimular a participação de profissionais e gestores de saúde em ações que possam promover a conscientização da população sobre a prevenção das enfermidades, por meio da importância do diagnóstico e do tratamento adequados da sífilis na gestante durante o pré-natal e em demais mulheres e homens como infecção sexualmente transmissível. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) reforça o incentivo às prefeituras a adotarem iniciativas para diminuir o número de casos nas cidades.
A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível e a transmissão pode ocorrer por meio de uma relação sexual desprotegida, transmissão vertical (da mãe para o feto em qualquer fase da gestação ou no momento do parto); e transfusão de sangue (agulhas contaminadas ou transfusão com sangue não testado).
Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença e a maneira mais segura de prevenir a doença é o uso de preservativos (tanto femininos como masculinos) durante todas as relações sexuais (inclusive anais ou orais). O acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal de qualidade é fundamental para o controle da sífilis congênita.
Tratamento
O tratamento é feito com antibióticos e deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais. A sífilis é uma infecção curável, com tratamento disponível pelo SUS em todos os Municípios de forma gratuita. Quando não tratada de forma adequada pode trazer sequelas permanentes e até mesmo a morte.
Ações nos Municípios
Diante da preocupação com o aumento do número de casos, a CNM ressalta a relevância das iniciativas que permitam cumprir com o objetivo proposto com a criação do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que incentiva as ações municipais e compartilha uma boa prática do Município de São José, em Santa Catarina, que conseguiu reduzir significativamente o número de casos e da mortalidade causada pela doença nos últimos anos.
A diminuição ocorreu após a prefeitura catarinense atuar no fortalecimento da Atenção Primária e evitar aumento de gastos com a Atenção Especializada. Por meio da criação de uma ferramenta própria desenvolvida sem custos, o Município de São José capacitou os profissionais de saúde da cidade para realizar o monitoramento dos casos de sífilis. A decisão de criar a plataforma ocorreu na diretoria de planejamento em saúde que junto com as demais diretorias busca estratégias para entregar saúde resolutiva e universal para a população josefense.
Com a ferramenta, foi possível mapear e acompanhar de perto a população e tratamento com busca ativa e as reduções dos casos começaram a ocorrer nos últimos anos. Segundo a representante da Secretaria Municipal de São José, Sabrina Souza, o número de casos da Sífilis Congênita caiu de 40 em 2018 para apenas 6 no ano passado. “A estratégia deu tão certo no Município que o governo de Santa Catarina nos procurou para implementar a ferramenta nas maternidades públicas da grande Florianópolis”, explicou. Mais detalhes dessa boa prática serão divulgados na edição do Boletim CNM de novembro.
Foto: EBC
Fonte: Da Agência CNM de Notícias, com informações do Ministério da Saúde.
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