sexta-feira, 2 de setembro de 2022

O que vai pesar na corrida presidencial deste ano: o indicativo do DataFolha ou a reeleição de quem está no poder?

 

Historicamente desde a redemocratização quem liderou as pesquisas DataFolha a um mês do primeiro turno, venceu o pleito. Isso se repetiu de Collor a Bolsonaro. Em outubro de 1989, na primeira eleição direta, o candidato Fernando Collor tinha 26%, seguido de Leonel Brizola com 15% e Lula também com 15%, a exatos 30 dias do pleito, lembrando que o primeiro turno daquele ano foi 15 de novembro. Quatro anos depois, em 1994, Fernando Henrique Cardoso, no auge do Plano Real, já tinha 44%, Lula aparecia em segundo com 23%, na pesquisa divulgada no dia 30 de agosto.

Em 1998, na primeira eleição após a liberação da reeleição, FHC já pontuava 46%, Lula 27%, na sondagem divulgada no dia 2 de setembro. Ambas eleições, o presidente Fernando Henrique faturou em primeiro turno, sendo o único até agora. Já em 2002, ano que Lula venceu, o líder petista tinha 40% e José Serra 21%, na pesquisa divulgada a 30 dias do primeiro turno. Na campanha de reeleição de Lula, em 2006, ele tinha 51% e Geraldo Alckmin 27% neste mesmo período. Esse pleito foi para o segundo turno por pouco.

Em 2010, o Brasil elegeu a primeira mulher presidente da República, faltando trinta dias para o primeiro turno, Dilma Rousseff pontuava 50% contra 28% de José Serra. Na reeleição, a presidenta – como ela gostava de ser chamada –, em 3 de setembro de 2014, ela despontava com 35%, Marina Silva 34%, menos de um mês após a morte do candidato Eduardo Campos no auge da comoção e Aécio Neves aparecia com 14%. A virada do segundo lugar aqui foi incrível.

Para finalizar, em 2018, o então candidato Jair Bolsonaro tinha 24%, Fernando Haddad 9%, Ciro tinha 16%, Alckmin 13%. O crescimento do candidato de Lula neste pleito foi grande porque havia a expectativa que o ex-presidente ainda pudesse disputar o pleito. Haddad chegou de última hora e foi para o segundo turno, mas consolidou a previsão dos trinta dias do DataFolha com a vitória do presidente Bolsonaro. 

Em contraponto a isso tudo, tem um fator que persevera na democracia brasileira, desde que foi criada a instituição da reeleição, em 1997, todos os presidentes que puderam usufruir da lei foram reeleitos: a começar de FHC, Lula e Dilma. A pergunta que fica no ar: o que vai prevalecer no pleito deste ano, a previsão do DataFolha a 30 dias da eleição – divulgada ontem - ou a força do presidente sentado na cadeira e com a caneta mais poderosa do País

Por fim, parafreasando um candidato: nunca antes visto na história desse País um presidente está usando tão bem suas canetadas. PIB em crescimento acima da média, auxílio brasil a todo vapor, baixou a gasolina de novo e pregando para o próprio eleitorado. 

NÚMEROS DOS 30 DIAS - De acordo com a pesquisa DataFolha a trinta dias da eleição deste ano, o ex-presidente Lula lidera com 45%, seguido do atual presidente e candidato a reeleição, Jair Bolsonaro (PL) com 32%, em terceiro nas pesquisas vem Ciro Gomes (PDT) com 9%, Simone Tebet (MDB) com 5%. 

TROCA DE FARPAS – O debate de ontem entre os candidatos ao Governo de Pernambuco foi marcado por trocas de farpas entre os debatedores e uma artilharia contra Danilo Cabral (PSB), candidato da Frente Popular, por representar o conjunto político que governa Pernambuco há 16 anos. A candidata Marília Arraes mantém sua estratégia de não participar dos debates, pelo menos até agora. Isso também foi alvo de críticas durante o evento. 

CAUDA NÃO – Em seu discurso, após caminhada em Vitória de Santo Antão, a candidata à federal, Iza Arruda (MDB), mandou um recado direto: “pensaram que eu iria ser cauda, nós vamos disputar e vencer a eleição”. Completou, “vou mostrar a Pernambuco que aqui também é terra de leoa do norte”. Cauda é o nome dado na política para os candidatos que dão sustentação para uma candidatura mais forte com objetivo de garantir o coeficiente eleitoral. 

DANDO A LARGADA – O deputado federal Augusto Coutinho, candidato a reeleição, inaugurou ontem seu comitê em grande estilo. Seu filho, o secretário de Esportes do Recife e vereador licenciado Rodrigo Coutinho esteve presente, além de candidatos a estadual que Augusto faz dobradinha. 

PAUTA DE MANDATO – Em sua inserção de TV, o deputado Daniel Coelho (Cidadania) trouxe testemunho de uma mãe que precisa do canabidiol para o tratamento do seu filho. Essa foi uma das pautas do mandato do parlamentar que ganhou projeção nacional. Canabidiol, conhecido como CBD, é um medicamento que contém uma substância com o mesmo nome presente na planta Cannabis e que atua no sistema nervoso central, geralmente sendo utilizado no tratamento de alguns casos de epilepsia.

COMENTÁRIO – Lembrando nosso comentário político na CBN Recife hoje em dois horários, às 6h40 da manhã e a tarde a partir das 14h35, novo horário durante o período de propaganda eleitoral gratuita. Sintonize 105.7 FM ou pelo site cbnrecife.com 

PINGA-FOGO: Bolsonaro seguirá a tradição da reeleição de quem está sentado na cadeira?

Fonte: Blog do Elielson.

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