sábado, 3 de setembro de 2022

Ciro indica desconstrução de Lula na campanha eleitoral

 

Foto: Reprodução/TV Band

Terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, o ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes tenta pela quarta vez a presidência da República. Verborrágico como sempre, Ciro tem adotado um tom contra a candidatura de Lula muito mais hostil do que se esperava, que pôde ser observado no debate da Band, quando o pedetista não aliviou para aquele a quem serviu como ministro da Integração Nacional no primeiro governo do petista.

Durante uma entrevista, Ciro foi taxativo ao afirmar que não cogita sequer mentalmente apoiar Lula no segundo turno e tem como dever estar na segunda etapa, dedicando-se totalmente a esta tarefa.  O movimento foi mais um passo para delimitar que, assim como em 2018, quando viajou a Paris no segundo turno entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad, não estará no palanque do PT numa eventual segunda etapa, provavelmente disputada entre os atuais líderes nas pesquisas.

A decisão de Ciro além de questões pessoais que justificam sua postura, devido a sequela deixada na eleição de 2018, quando perdeu o apoio do PSB para Fernando Haddad, existe também uma questão de pragmatismo. Numa eventual vitória de Lula, Ciro seguirá como coadjuvante na esquerda e perderá as condições de propor uma alternativa ao país em que ele possa ser protagonista.

Prestes a completar 65 anos de idade em novembro, Ciro tem plena ciência que fora do segundo turno de 2022, só há um cenário em que seu projeto permanecerá vivo para 2026, que é a reeleição do presidente Jair Bolsonaro, e o PT perdendo a segunda eleição para o atual presidente, desta vez com Lula no lugar de Haddad, estará perdendo por tabela as condições de ditar as regras no campo progressista, o que irá abrir uma avenida de oportunidades para o próprio Ciro, que estará com 68 anos na época da eleição e com condições físicas e mentais de propor uma alternativa de esquerda consistente ao país.

Calçado – O candidato a deputado federal Lula da Fonte (PP) conquistou o apoio do prefeito de Calçado, Nogueira. Com o apoio, Lula tem 14 prefeitos em diversas regiões do estado e consolida sua tentativa para chegar à Câmara dos Deputados.

Força – Além da forte presença em diversos municípios da candidatura de Lula da Fonte, o deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP e candidato à reeleição também possui grande quantidade de prefeitos, doze ao todo para conquistar o quarto mandato na Câmara Federal.

Debandada – Prefeitos ligados ao deputado Aglailson Victor (PSB) têm declarado apoio à candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao governo de Pernambuco. O movimento colocou em xeque a aliança histórica do seu pai, o ex-prefeito de Vitória, Aglailson Júnior, com o PSB que remonta os tempos de Miguel Arraes e Eduardo Campos.

Danos morais – O empresário Luciano Hang entrou com uma ação na justiça contra o deputado federal André Janones (Avante) após o parlamentar insinuar que o empresário havia matado a própria mãe e praticava crimes como lavagem de dinheiro. O empresário pede uma indenização de R$ 200 mil e a remoção das postagens do deputado em suas redes sociais.

Inocente quer saber – Quem estará no segundo turno contra Marília Arraes?

Fonte: Blog do Edmar Lyra.

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