Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, o prefeito João Campos (PSB) opinou sobre assuntos políticos nacionais, mas também não deixou passar em branco o atual cenário político de Pernambuco e principalmente do Recife. Não é novidade para ninguém que o projeto político do PSB é de dar uma expressiva votação a João no Recife o reelegendo já no primeiro turno. De todos os prefeitos reeleitos em primeiro turno na capital até o momento, o recordista em votação é o atual deputado estadual João Paulo. João obteve em 2004, 56% dos votos. Reeleito em segundo turno, no ano de 2016, Geraldo Júlio obteve 61% dos votos, mas, não foi reeleito de cara.
A expectativa é de que João Campos vença no primeiro turno superando a votação que João Paulo obteve no ano de 2004. O prefeito optou por não abrir uma critica direta a governadora Raquel Lyra (PSDB), adversária política estadual. "Não cabe a mim avaliar. Acho que cabe à população" disse João Campos.
O gestor também falou sobre a possibilidade de uma chapa composta com o PT na vice. "Eleição majoritária se dá pelo conjunto de forças. Não se toma uma decisão por si só ou pelo conjunto. Normalmente é: qual o caminho que agrega mais e junta mais? Qual a narrativa que é aceita e validada? É uma tese coletiva que vai ser construída ano que vem" disse o socialista. João Campos e o PT travaram uma verdadeira guerra no ano de 2020 quando o socialista disputou e venceu a Prefeitura do Recife. Ambos os partidos que hoje estão alinhados nacionalmente brigam pelo comando da capital desde o ano de 2012 quando o PSB sabiamente elegeu Geraldo Júlio prefeito.
Depois da derrota do partido para o Governo de Pernambuco ocorrida no ano passado, a grande força da legenda no estado é a Prefeitura do Recife e essa será a luta do atual prefeito: manter o seu mandato e caso venha a renunciar e disputar o Governo em 2026 (algo que ainda não é certo) o melhor caminho seria manter sob o comando socialista a gestão da capital. Colocar o PT na vice com um cenário aberto para o pleito seguinte seria muito arriscado.
E João Campos sabe disso, mas precisa de Lula em seu palanque. O PT hoje faz parte da gestão do PSB no Recife, mas também fazia até o ano de 2020 da gestão de Geraldo Júlio quando abandonou para lançar Marília a Prefeitura. Esse caminho até a convenção deverá ser muito mais complicado para o prefeito (se brincar) do que sua própria reeleição.
Defesa
Durante a entrevista, o prefeito João Campos fez questão de elogiar o alinhamento do seu partido, o PSB, através de Geraldo Alckmin com o presidente Lula. Para João, Alckmin é correto e leal e tem sido um importante aliado do presidente.
Contando com Lula
João Campos disse que espera contar com o apoio do presidente Lula em sua campanha à reeleição. O PT hoje faz parte da gestão socialista no Recife. Caso Lula decida entrar de vez e trabalhar pela reeleição do jovem prefeito ele deverá ser o único nome da esquerda em uma campanha que tende a ser novamente polarizada entre esquerda e direita como aconteceu em 2022.
Cenário diferente
Até porque o PSOL estará na briga por uma das Prefeituras mais importantes de São Paulo onde está em jogo a eleição de Guilherme Boulos. Lá, a deputada federal Tabata Amaral (do PSB) também tem seu nome lembrado para concorrer ao comando da capital. Na entrevista, o prefeito preferiu não tocar no assunto. "São particularidades que devem ser levadas em conta. Tabata que vai falar por ela. Não é fora de São Paulo que vai se discutir São Paulo. Nosso papel aqui é cuidar do Recife".
Você pode ler a entrevista completa do prefeito João Campos clicando aqui.
Missa do Vaqueiro
A governadora Raquel Lyra participou ontem da tradicional Missa do Vaqueiro, em Serrita. O evento conta com o aporte de mais de R$ 1 milhão do Governo de Pernambuco por meio da Empetur. Raquel ressaltou que a celebração é um dos principais eventos que ocorrem no Sertão pernambucano.
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Fonte:Blog do Silvinho.
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