O resultado da eleição de 2022 trouxe um saldo positivo para o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil). Ele tornou-se um nome conhecido em Pernambuco e pode ultrapassar a linha do sertão pernambucano. No entanto quase um ano depois do início da campanha, o saldo para o seu grupo já não pode-se dizer que seja tão positivo.
Em 2019, o grupo era composto por um mandato de senador, um de deputado federal, um estadual e ainda tinha o prefeito da cidade de Petrolina. Em 2023, o grupo tem apenas um deputado estadual e deputado federal. Na Prefeitura de Petrolina tem um aliado, mas não é da família Coelho.
Em 2019, FBC era o político mais requisitado pelos prefeitos pernambucanos. Além disso, o grupo também comandava os órgãos federais como a Codevasf desde a época do presidente Michel Temer. Naquele mandato, vale lembrar, o grupo também indicou o deputado federal Fernando Filho para o Ministério de Minas e Energia. Era um cenário bastante diferente de agora.
Fernando Bezerra Coelho e Miguel Coelho não estão com nenhum mandato, e também não controlam nenhum órgão federal. E a perda de espaço no poder, querendo ou não, reflete na política. E por falar justamente na área política, o grupo não tem um partido sequer para chamar de seu. O União Brasil hoje, nas mãos de Luciano Bivar, está a cada dia esvaziando ainda mais a presença do grupo dos Coelhos acabando com a expectativa de se ter na eleição para as Prefeituras, uma boa parte do fundo partidário.
Nos bastidores, o grupo de Miguel já fala em ir para outro partido: o PSD seria uma boa. Os aproximaria do governo federal, já que os Coelhos estão hoje sem espaço federal e estadual. No entanto, essa baixa no poder da família Coelho tem colocado em dúvida o poderio deles para eleger prefeitos em Pernambuco. Uma coisa é certa: o cenário de 2024 está caminhando para ser bem diferente de 2020.
Em dúvida
De uma onda crescente em 2022, a uma interrogação. Não se sabe ainda qual o tamanho do poderio do grupo de Miguel para futuras eleições. O que naquele ano se falava era da possibilidade de eleger até dois deputados federais, hoje não se tem certeza de que isso possa acontecer. Até mesmo para a entrada de Miguel no jogo eleitoral é preciso que alguém da família abra mão da disputa.
Força
A única força política que os Coelhos detêm hoje é a Prefeitura de Petrolina comandada por Simão Durando. O resultado da gestão que Simão Durando colhe hoje na cidade vem de gestões exitosas como a de Miguel Coelho e de Júlio Lóssio.
Debandada
E não para por aí. O que se comenta é que alguns prefeitos e lideranças estariam insatisfeitos com a atual situação política dos Coelhos o que poderia levar a mudança de representatividade nas bases. O fato é claro: os Coelhos estão perdendo muito espaço desde a derrota de Bolsonaro em 2022 e não encontram espaço também na gestão de Raquel Lyra.
Sem sintonia
Nem mesmo na Assembleia Legislativa os Coelhos conseguiram se viabilizar. A primeira foi o insucesso com a formação de um bloco formado entre o União Brasil e o PP, que não encontrou apoio dentro da própria legenda. O bloco foi uma articulação do deputado estadual Antonio Coelho que foi rechaçado no mesmo dia por lideranças do União Brasil. Antonio Coelho chegou a liderar a oposição de 2021 até o ano de 2022.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte:Blog do Silvinho.
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