domingo, 30 de julho de 2023

Sete senadores trocaram de partido no primeiro semestre de 2023; veja quais

 

PSD se tornou a maior bancada no Senado

PSD se tornou a maior bancada no Senado

PEDRO GONTIJO/SENADO FEDERAL - ARQUIVO

Desde o começo da nova legislatura, em 1º de fevereiro de 2023, sete senadores trocaram de partido. Os parlamentares mudaram para o PSD, o PSB e o Podemos. O fluxo do troca-troca de partido é facilitado pela ausência de penalidade. Pela legislação eleitoral, senadores podem mudar de legenda a qualquer momento, sem punição, assim como prefeitos, governadores e o presidente da República.

Fora dessa regra de penalidades por filiação partidária estão vereadores e deputados (estaduais, distritais e federais), que podem perder o mandato a depender do motivo da troca de sigla. 

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As regras de fidelidade partidária não valem para senadores porque eles são escolhidos em eleições majoritárias, vencidas por quem tem mais votos diretos. No caso de deputados e vereadores, o partido pode levar à eleição mesmo quem recebe menos votos.

Veja quem trocou de legenda no Senado desde o início da legislatura:

Como foram as trocas

A senadora Mara Gabrilli (SP) foi a primeira a pular para o PSD nesta legislatura. A parlamentar deixou o PSDB, em que esteve por 19 anos. Eliziane Gama (MA) foi logo em seguida — deixou o Cidadania também pelo partido presidido pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. A senadora oficializou a mudança no começo da legislatura, às vésperas da eleição da presidência do Senado, vencida pelo colega de partido, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A mudança das duas fez o PSD ultrapassar o PL em número de parlamentares e ocupar o lugar de a maior bancada do Senado, atualmente com 15 cadeiras.

Eduardo Girão (CE) ficou cerca de quatro anos no Podemos. O senador integrava a sigla desde 2019 e deixou o partido nesta legislatura. Girão foi para o Novo, o que rendeu a primeira cadeira do partido no Senado desde 2011, quando foi fundado.

PSB teve mais adesões

O partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e que integra a base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ganhou três cadeiras. Em janeiro, dois senadores do Podemos passaram para o PSB: Flávio Arns (PR) e Jorge Kajuru (GO). A sigla também recebeu de volta o senador Chico Rodrigues (RR), que estava no União Brasil.

O Podemos teve duas adesões. O senador Carlos Viana (MG) confirmou a mudança do PL para o partido no começo de fevereiro. A senadora Soraya Thronicke (MS) filiou-se ao Podemos em 26 de junho. A parlamentar foi para o partido após uma crise com o diretório nacional do União Brasil, que começou ainda durante a campanha eleitoral de 2022. Soraya foi a candidata do União para a Presidência da República. A senadora obteve 0,51% dos votos válidos — um total de pouco mais de 600 mil votos.

Fonte:  Camila Costa, do R7, em Brasília.

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