São Paulo — O departamento jurídico do Partido Liberal estuda a possibilidade de punir o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) por causa do mais recente ataque feito por ele ao presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
Nesse sábado (3/6), Salles reagiu publicamente à aproximação da cúpula do PL e do ex-presidente Jair Bolsonaro ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que tentará a reeleição no ano que vem. Desde o início do ano, Salles tenta se viabilizar como “o candidato bolsonarista” à Prefeitura da capital.
“Vou explicar: Valdemar, através do deputado Antonio Carlos Rodrigues, ex-ministro da Dilma e atual elo de ligação do PL com o PT, tem uma secretaria e duas subprefeituras na administração Nunes, que não apoiou Bolsonaro ano passado e ainda disse ao Estadão não querer ser o candidato da direita”, tuitou Salles.
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Um dia antes, Bolsonaro e Valdemar participaram de um almoço com Nunes na capital paulista, o segundo em menos de um mês. A aliados, o ex-presidente disse que Nunes é o “melhor nome” para disputar a eleição contra o também deputado federal Guilherme Boulos (PSol-SP) em 2024.
Punição disciplinar
Logo após o tuíte de Salles ganhar o noticiário, dirigentes do PL começaram a conversar sobre qual seria a melhor forma de reagir ao ataque. Um deles disse ao Metrópoles que o departamento jurídico já está avaliando se o comportamento do deputado configura infração disciplinar.
O estatudo do partido prevê como infração “grave divergência entre seus membros”, com possibildiade de punição que vai de advertência, suspensão de três meses a um ano e até expulsão da legenda. “Não acredito em expulsão porque é isso o que ele quer. Agora, uma suspensão poderia complicá-lo bastante, inclusive na atuação dele nas comissões da Câmara (dos Deputados)”, disse um dirigente do PL, sob reserva.
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Fonte: Portal Metrópoles.
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