A volta por cima

O anúncio da troca de comando no diretório estadual do PSDB em Pernambuco veio como um suspiro de alívio para o partido, que enfrenta uma oposição afiada no primeiro ano de gestão da governadora Raquel Lyra e luta para aparar as arestas com o PT de Lula. Em tom conciliador, Fred Loyo vem para reenergizar o time tucano para 2024.

O ano eleitoral é uma oportunidade única, já que a tendência é que o partido do(a) governante estadual tenha forte expressividade nas prefeituras e câmaras municipais.

Braço direito de Raquel, Fred é empresário do ramo de hotelaria, e tem outro papel fundamental: conciliar a gestão estadual com o empresariado pernambucano.

Tem se falado sobre a “inexperiência” do novo presidente tucano na vida política, mas não se pode deixar enganar pelo pouco tempo engajado no meio. Loyo tem um perfil estrategista e articulador: coleciona amizades e alianças dentro e fora do PSDB.

Para o próximo pleito, em que a legenda precisa trazer nomes de fora e oxigenar os nomes de dentro, a troca de comando caiu como uma luva para que o Executivo construa uma base ampla e dê a volta por cima.

Firme
Também caiu como uma luva o anúncio de que a deputada estadual Débora Almeida passaria a ocupar a vice-presidência do PSDB em Pernambuco. A parlamentar vem exercendo um papel de defesa fundamental para a gestão Raquel Lyra, principalmente à frente da Comissão de Finanças, onde tem lutado pela aprovação de pautas governistas.

Caruaru
O Partido dos Trabalhadores deve definir até o próximo mês de fevereiro os rumos da legenda na cidade de Caruaru. Em entrevista ao Blog Cenário, o presidente municipal da sigla, Léo Bulhões, disse que a tese defendida internamente é de apresentar uma candidatura própria em 2024, a ser encabeçada pelo dirigente ou a deputada estadual Rosa Amorim.

PT e PSB
Um dia após ter participado de um encontro com a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, e o coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do Partido dos Trabalhadores, o senador Humberto Costa, o prefeito João Campos endossou o discurso de união entre PT e PSB nas eleições de 2024. “É isso o que a gente quer”, disse o gestor recifense.

Paulo Câmara
A desenvoltura do ex-governador Paulo Câmara (PSB) à frente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) tem sido observada como fator determinante para que o gestor passe a ter o nome cotado para assumir o Ministério do Planejamento. Ainda que tenha negado, a ministra Simone Tebet (MDB) passou a ser vista como possível substituta de Flávio Dino (PSB) na Justiça, caso o ex-governador do Maranhão seja aprovado na sabatina no Senado e assuma a vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Essa dança das cadeiras poderia fazer de Paulo Câmara o quinto ministro de Lula (PT).

Fonte: FalaPE.