domingo, 27 de março de 2022

PL entra com ação no TSE para proibir manifestações políticas em shows

 

 (crédito: Reprodução )

O Partido Liberal (PL), ao qual o presidente Jair Bolsonaro está filiado, acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ontem, após manifestação política da cantora Pabllo Vittar a favor de Lula, no festival de música Lollapalooza. A ação foi protocolada neste sábado (26/3), com a justificativa de que a atitude configura realização de propaganda eleitoral irregular.

"Nossa intenção principal com a ação é que o TSE instrua os organizadores do evento para que eles também instruam os artistas a não se anteciparem nem positivamente nem negativamente antes do período oportuno", disse a advogada da campanha do presidente, Caroline Lacerda, ao Globo.

No show, Pablo levantou uma bandeira com o rosto do ex-presidente Lula estampado, quando andava na passarela do palco. Além disso, entoou um coro de "Fora Bolsonaro". A defesa jurídica do partido alegou que isso seria propaganda antecipada em favor do oponente de Bolsonaro e, portanto, "fere inúmeros dispositivos legais".

Para o partido é indiferente se o show foi custeado pelo candidato em questão ou se o mesmo esteve presente. "Eis porque a manifestação política em mais de um show, uma em absoluto desabono ao pré-candidato Jair Bolsonaro e outra em escancarada propaganda antecipada em favor de Luiz Inácio negativa e antecipada além de promoverem verdadeiro showmício, sendo indiferente se o evento foi custeado pelo candidato ou se o mesmo esteve presente no ato", ressaltou a defesa no documento.

A preocupação evidenciada na ação enviada ao TSE é de que um festival, com um público de mais de 100 mil pessoas, houve uma "reprodução inestimável das manifestações na internet”. O efeito disso seria o conhecimento "de um número altíssimo de eleitores, com sérios prejuízos à legitimidade do pleito vindouro".

O PL pediu que o tribunal acione "de imediato" a organização do Lollapalooza para vetarem qualquer tipo de propaganda eleitoral irregular, antecipada ou negativa em favor ou desfavor de qualquer candidato. Eles ressaltaram que a pena de multa por descumprimento da lei pode “impedir a continuação do evento".

No domingo (27/3), o PL faria um evento que tinha como objetivo lançar a pré-candidatura de Jair Bolsonaro. Porém, na última quarta-feira (23), a sigla informou que o teor da confraternização seria outro. A ação passou a ser para incentivar novas filiações ao partido. A justificativa da mudança foi para que o partido não tivesse problemas de infração com a Lei das Eleições (9.504/1997).

Fonte: Correio Braziliense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário