O ministro Paulo Guedes (Economia) confirmou que o Governo criará um fundo de erradicação de pobreza que poderá aprofundar os programas sociais criados no governo de Jair Bolsonaro (PL). “Não faz sentido um governo trilionário – R$ 1 trilhão em ativos imobiliários, R$ 1 trilhão em ativos de ações de empresas, mais R$ 2 trilhões de recebíveis – e um povo pobre. Não faz sentido. Nós vamos criar um fundo de erradicação de pobreza, presidente, e vamos aprofundar o programa social que o senhor começou”, afirmou.
“Cada vez que a gente vender uma propriedade nós vamos reconstruir a capacidade de investimento do setor público brasileiro por um lado – o senhor vai fazer a hidrelétrica que o senhor quer em Roraima, o Tarcísio vai fazer a ponte ou a rodovia que precisa em algum lugar do país. Mas, ao mesmo tempo, outra parte vai alimentar o fundo de erradicação de pobreza", acrescentou.
Guedes falou sobre o assunto em um evento no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Bolsonaro. Na cerimônia, a União e o Governo do Distrito Federal anunciaram um acordo que viabiliza a regularização fundiária e a adoção de políticas de desenvolvimento urbano em Vicente Pires, região administrativa do Distrito Federal.
Segundo o ministro, este é só o início de um programa de regularização fundiária. Ele falou que, além de Vicente Pires, haverá um programa piloto na Favela da Maré (RJ) e Paranaguá (PR). Também citou os terrenos da Marinha, dizendo que “o governo possui de 15% a 17% dos imóveis das pessoas que vivem na praia”.
Mais frágeis – O ministro da Economia já havia falado em outras ocasiões em criar um fundo de erradicação da pobreza com os recursos arrecadados com privatizações e vendas de ativos da União, mas também com as ações que a União detém de empresas como a Petrobras. Para ele, o fundo ajudaria a transferir esses recursos para os mais frágeis. A proposta de um fundo de erradicação de pobreza veio à tona na época em que o governo buscava uma forma de tirar o Auxílio Brasil do papel, como uma forma de turbinar os programas sociais do governo. Contudo, ainda não saiu do papel.
Traído pelo PT – O vice-governador da Bahia, João Leão (PP), diz que se sentiu traído pelo PT (Partido dos Trabalhadores). “Política é a arte do compromisso. Se não se honra o acordado, vamos cuidar da nossa vida em outro lugar”, afirmou em entrevista ao Valor Econômico. O político foi chamado de “traidor” por petistas por romper aliança de 14 anos com o partido. Em 9 de março, Leão expôs sua insatisfação com o senador petista Jaques Wagner (BA), que anunciou que o governador Rui Costa (PT) deve cumprir o mandato até o fim.
Candidato pelo PSDB? – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), vai deixar o cargo na próxima segunda-feira, 28, mas deve permanecer nas fileiras tucanas. Leite prepara o ‘Dia do Fico’ no PSDB em uma estratégia que prevê a possibilidade de um acordo com o MDB e o União Brasil para o lançamento de uma candidatura única à Presidência da República. O impasse para o acerto político ainda é o governador de São Paulo, João Doria, que teve o nome aprovado em prévias do PSDB, em novembro, como candidato do partido à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.
Sem apoio do PSol – O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros, acha improvável que a legenda apoie a candidatura ao Governo do Estado da deputada federal Marília Arraes, agora filiada ao Solidariedade. Em 2020, quando a deputada concorreu a Prefeitura do Recife, o seu candidato a vice foi o advogado João Arnaldo - que, hoje, é o nome escolhido pelo Psol para disputar o Palácio do Campo das Princesas em 2022.
Aposta em Lula – O ato de filiação ao Solidariedade de Marília Arraes, ontem, tanto ela quanto o presidente nacional do partido, Paulinho da Força, apostaram no apoio de Lula. Em seus discursos, os dois parlamentares reforçaram várias vezes que o ex-presidente vai compor o palanque do Solidariedade em Pernambuco. “Só tem um jeito de derrotar o bolsonarismo e é o presidente Lula”, destacou Paulinho da Força. “Esse Lula não é propriedade de um partido”, acrescentou.
CURTAS
NORONHA 1 – A Advocacia-Geral da União (AGU) iniciou, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma disputa jurídica com Pernambuco envolvendo a propriedade de Fernando de Noronha: o governo federal entende que o arquipélago é federal, enquanto o Governo de Pernambuco defende que o local é estadual.
NORONHA 2 – Em uma ação apresentada quinta-feira passada, o Governo Federal sustenta que Pernambuco adota uma interpretação equivocada da Constituição, ao considerar que o arquipélago teve sua propriedade transferida ao âmbito local pela União. Para a AGU, no entanto, o domínio sobre Noronha é federal, já que, pelo texto constitucional, as ilhas oceânicas e terrenos de marinha são bens da União.
Perguntar não ofende: Pernambuco vai permitir a perda de Noronha?
Fonte: Blog do Magno
Martins.
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