quinta-feira, 31 de março de 2022

Com críticas ao governo de PE, Miguel se despede do Sertão

 

Com o lançamento do jingle da pré-campanha do Governo de Pernambuco, Miguel Coelho (União Brasil) se despediu, nesta quarta-feira (30), da Prefeitura de Petrolina para entrar na corrida pela gestão estadual. Agora, quem assume o cargo de prefeito é o então vice-prefeito da cidade, Simão Durando (DEM). Em crítica à atual gestão do governador Paulo Câmara,o jingle diz que “o tempo já raiou”. “A esperança tem nome e eu sei de onde ela vem; vem de lá de Petrolina, essa força nordestina, que o futuro nos destina, que é para a gente ir além. Vem Miguel, vem, de braços abertos eu vou te receber”.

Prefeitos e prefeitas de várias cidades de Pernambuco, vereadores, vereadoras, deputados, deputadas, senador, lideranças e representantes políticos prestigiaram a despedida do “Galeguinho de Petrolina”, como é conhecido na cidade. 

Miguel Coelho relembrou alguns momentos da sua vida direta e indireta na política até chegar ao cargo de prefeito da cidade. “É natural que, ao chegar no final de uma jornada tão marcante como essa, relembremos de alguns momentos. A campanha de 2004, quando muitos diziam para a nossa família se retirar porque seria uma derrota certa, como foi linda a sua reeleição, meu pai, senador Fernando. Antes de ingressar na vida pública, tive a oportunidade de participar da campanha de 2012, e quanto aprendizado tivemos naquela disputa que, de fato, não tivemos o resultado almejado. Agradeço o seu chamado, Fernandinho, para em 2014 percorrer Pernambuco ao seu lado como candidato a deputado federal e a alegria aos 24 anos de ser eleito como o deputado mais novo da história”.

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“Em 2016, me chamaram para me colocar à disposição da minha cidade, Petrolina, para caso ela acreditasse ter a chance de liderar um novo tempo de oportunidades, trabalho e esperança. Que campanha linda fizemos juntos, com muita humildade, fé e perseverança. A vitória nos deu a oportunidade de escrever um novo momento na história de Petrolina, com dificuldades e obstáculos”. 

O ex-gestor relembrou de várias ações que fez durante os cinco anos e três meses de trajetória na Prefeitura. “Ver a população elevada e cheia de orgulho na cidade em que vivemos é o nosso maior orgulho. É inevitável lembrar da conquista da saúde, que hoje pulsa com sensibilidade e atenção para os que mais precisam. Olhar para as nossas crianças e jovens e ver Petrolina como referência na primeira infância no ensino básico e integral. A primeira cidade a implantar o piso nacional do magistério e o merecido reconhecimento a quem tanto faz para as nossas gerações”, salientou. 

Ele falou, ainda, dos investimentos feitos no município, com destaque na segurança pública, como o armamento da Guarda Municipal. “Como Petrolina ficou mais bela com os investimentos na infraestrutura. Fizemos parcerias e concessões com a finalidade de prover melhores serviços públicos para os cidadãos. Investimento em segurança e armamento da Guarda Municipal, o resultado disso é que hoje somos a cidade que mais gera emprego em Pernambuco, a melhor para empreender no interior do Nordeste e a capital do agronegócio no Brasil”. 

Críticas 

Com duras críticas à gestão do governador Paulo Câmara, Coelho mencionou a “falta de liderança e visão”, e que a autoestima do povo pernambucano deve ser recuperada. “Agora é a hora da gente erguer os olhos e vislumbrar um novo horizonte para o nosso Estado, olhar para frente e acreditar que é possível um novo tempo para Pernambuco. Um Estado com grande potencial, com riquezas naturais e culturais de fazer inveja a qualquer visitante, entretanto, um Estado que anda cabisbaixo em razão da falta de liderança e visão de como recuperar a nossa força e resgatar a autoestima”. 

“Nós somos uma nação orgulhosa da nossa história e conquista do passado, porém estamos cansados da desculpa e dos maus-tratos. A liberdade das amarras que atrapalham o nosso crescimento e impede de encontrarmos com o nosso potencial. Olhar para os indicadores do momento é como um médico fazer um diagnóstico de uma doença ruim que vem de pouco em pouco corroendo a autoestima e esperança”, detalhou. 

Ao ironizar a ausência de mudança em Pernambuco, ele salientou ter assumido a responsabilidade da cidade mesmo na crise, e é “a grande mudança que devemos fazer”. “Precisamos de um governador que tenha a capacidade de construir pontes e usar a grandeza do cargo que ocupa para poder trabalhar em prol de todos e não apenas do seu partido ou para amigos simpatizantes. Esta é a grande mudança que devemos fazer, foi o que fizemos aqui em Petrolina, pois não esperamos ninguém, assumimos a responsabilidade e hoje somos a cidade mais saneada de Pernambuco e a terceira do Nordeste”. 

Segurança

Miguel Coelho chegou a pontuar a sensação de insegurança no Estado. “Por onde andamos, percebemos o medo das pessoas por sentir e vivenciar a violência cada vez mais perto das nossas famílias. Furtos, roubos, assaltos, homicídios crescendo constantemente e um governo apático que não valoriza e nem defende a sua força social, que não age, não tem atitude e não tem capacidade de deixar claro que os bandidos não podem andar à solta. Não vamos mais aceitar isso. A partir de janeiro, já vou avisando aos bandidos que se mudem para longe, a nossa polícia vai botar ordem na casa”, brincou. Ele também falou sobre a valorização salarial da segurança pública. 

“Para este governo que está aí há oito anos, a crise serve de pretexto para justificar a incompetência, mas a crise do Brasil não parou Petrolina em nenhum momento, não impediu os avanços da nossa cidade na saúde, educação e criação de novos empregos. Mesmo com a crise, fizemos de Petrolina a melhor cidade para se viver no Nordeste”. 

Ao final do discurso, ele agradeceu nominalmente ao seu pai, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), que não vai disputar as eleições para coordenar a campanha do filho; à sua mãe, Adriana Coelho; aos seus irmãos; à sua esposa, Lara Secchi Coelho, e aos seus filhos. 

Fonte:Leia Já. 

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