Forçados pelo afunilamento do calendário eleitoral, prefeitos de olho no Palácio das Princesas, que teriam pela frente mais dois anos e meio de mandato, começam a renunciar. O primeiro ato acontece, hoje, em Petrolina, com o adeus de Miguel Coelho (União Brasil) ao município que governou por cincos anos e três meses e que deu a ele, em razão da excelente gestão, vitrine para se apresentar como alternativa ao Governo do Estado.
Não será um gesto simplório, mas cheio de significados. Planejado há dois meses, atrairá uma multidão, gente com cara de povo, lideranças políticas estaduais e nacionais, prefeitos, vereadores, deputados e dirigentes partidários, como o presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, o presidente estadual da mesma legenda, Ricardo Teobaldo, e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto.
Miguel encerra sua missão em Petrolina com índices impressionantes de aprovação, variando de 84% a 90%. Leva o troféu de prefeito mais popular da história do município. Sai com a imagem de tocador de obras, revelação de gestor e executivo. Tem apenas 30 anos, vocacionado para vida pública, já com articulação também no plano nacional.
Amanhã, será a vez de Anderson Ferreira, do Partido Liberal, que governa Jaboatão no mesmo tempo de Miguel, foram eleitos em 2018 e reeleitos em 2022. Diferente de Petrolina, em Jaboatão o ato será bem simples, interno, dirigido apenas aos servidores públicos, vereadores da base. Anderson se revelou bom gestor, sai com bons índices de aprovação.
Já criou até seu primeiro slogan de campanha – Simbora mudar. Abrirá em Pernambuco palanque para o presidente Bolsonaro, ao lado do ministro do Turismo, Gilson Machado, seu candidato a senador, mas com discurso estadualizado em cima do sentimento de mudança que o Estado vive hoje diante da fadiga de material do PSB, já com 16 anos no poder.
Por fim, Raquel Lyra, pré-candidata do PSDB, renuncia no próximo sábado num ato popular na Arena Caruaru. Gestora também revelação, bem aprovada em Caruaru, a tucana, como Miguel, não tem ainda seus companheiros de chapa para o Senado nem para vice. No plano nacional, o seu partido, embora tenha escolhido o governador de São Paulo, João Dória, como candidato, ainda não é certo que será com ele o caminhar em busca do Planalto.
Prazo menor – O pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco decidiu através de uma consulta, que servidores públicos afastados de função fiscalizatória ou arrecadatória podem se desincompatibilizar no prazo de três meses para disputar as eleições, segundo a Folha de Pernambuco. A consulta partiu dos advogados Pedro Lavor e Roberto Leandro, do escritório Lavor, Novaes & Leandro Advocacia, que representaram o Diretório Estadual do PSOL em Pernambuco.
Deu até "camurim" – O que se diz em Caruaru é que o deputado Tony Gel, que está trocando o MDB pelo PSB, foi consultado e deu aval para o presidente estadual da legenda, Raul Henry, montar apenas, na eleição proporcional, a chapa para federal, sacrificando a estadual. E até colaborou com um "camurim" (candidato de pouco voto, para ajudar na cauda), para reforçar a chapa para a Câmara dos Deputados, o seu filho Toninho, que atua no setor de eventos.
Golpistas – Após o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, anunciar que vai permanecer no PSDB e renunciar ao cargo, o grupo de João Doria tem atuado para isolar os dissidentes que trabalham contra a pré-candidatura presidencial do governador paulista. O grupo, formado por Aécio Neves (MG), o ex-senador José Aníbal (SP), o ex-ministro Pimenta da Veiga (MG) e o senador Tasso Jereissati (CE), está sendo visto como "golpista". O próprio Doria usou a palavra "golpe" ao se referir a eventuais manobras para revogar as prévias, que foram vencidas por ele no ano passado.
Sem partidarismo – O presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, disse, ontem, que a empresa não pode fazer política partidária. “A Petrobras tem responsabilidade social? Tem. Pode fazer políticas públicas? Não. Políticas partidárias, menos ainda”, afirmou o general, durante palestra na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados da Justiça Militar da União (Enajum), em Brasília.
Pão com pão – Em acordo com Jair Bolsonaro, o ministro da Defesa, general Braga Netto, decidiu permanecer filiado ao PL para ser candidato a vice do presidente nas eleições deste ano. O militar já tinha assinado a ficha de filiação ao PL há alguns dias, mas ainda havia chances de mudar de legenda. Houve uma ofensiva de alas do governo para que Braga Netto fosse para o Progressistas, sigla comandada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, mas não vingou.
CURTAS
EMANCIPAÇÃO – Ipojuca celebra, hoje, 176 anos de emancipação política. Para marcar a data, a gestão municipal divulgou a programação, que contará com atividades no período da manhã e tarde. As festividades terão início às 8h, com o hasteamento das bandeiras, em frente à sede da Prefeitura, com apresentação dos hinos, realizada pela Banda Musical Santa Cecília.
DITADORES – O pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) voltou a criticar o ex-presidente Lula nas redes sociais. Comparou o petista a “ditadores” da América Latina. No vídeo compartilhado no Instagram de Moro aparecem dançando os líderes Nicolás Maduro (Venezuela), Daniel Ortega (Nicarágua) e Evo Morales, ex-presidente da Bolívia. O vídeo termina com a frase: “eles comemoram, você dança”.
Perguntar não ofende: Jarbas deu aval a Henry para ele enterrar a chapa para Alepe?
Fonte: Blog do Magno
Martins.
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