Depois de causar o maior alvoroço para anunciar um encontro com Lula que seria decisivo e terminou se resumindo a apenas um registro com foto sem nenhuma declaração do ex-presidente sobre Marília, a parlamentar agora vai para um grande desafio que será construir em tempo recorde uma candidatura ao Palácio das Princesas. Marília foi até São Paulo dizer a Lula que vai disputar o governo e que gostaria de contar com Lula em seu palanque. A foto por si só já mostra o quanto Lula deve ter gostado da ideia.
Mas agora, vamos a realidade que é dura para Marília. Ela sai do PT no auge do partido, mas a militância não a acompanhará. Marília terá que construir fora do partido sua história política, algo que ainda não tinha feito. Terá que dialogar com prefeitos e lideranças partidárias de todos os municípios pernambucanos para montar um palanque seu. Para se ter uma ideia: Miguel Coelho, Raquel Lyra, Anderson Ferreira ainda não conseguiram isto. Além disso, Marília vai ter que conviver com a política do interior que é bastante assistencialista e não vive apenas de "sorrisos e abraços" mas de ações. Ações que inclusive faltaram e muito durante o seu mandato como deputada federal, algo que segundo ela não deu para acontecer porque é oposição ao presidente.
O que Marília tem de novo para resolver os problemas do estado? a questão da segurança? a questão da saúde, da educação e do desemprego? Isso para ficar apenas nos debates e entrevistas e sem partir para o dia a dia. No campo oposicionista, onde vai militar agora pra valer, vários prefeitos já fecharam com Miguel Coelho, outros com Raquel Lyra e outros com Anderson Ferreira. Uma coisa é a fase da pré-campanha quando ela está nos noticiários e outra bem diferente é quando passa a ganhar o dia a dia da população.
Construir uma candidatura a governador exige muita disposição, muito trabalho e muito esforço. Não é algo que se constrói faltando doze dias para encerrar o prazo de filiações. Há quem acredite que Marília sequer consegue montar a chapa de deputados estaduais e federais de seu partido, o Solidariedade. Sim, ainda tem essa questão. Outra coisa é a montagem de sua própria chapa com a indicação de um vice e um senador. Oferecer, chamar, convidar, ela pode fazer com toda a classe política do estado, o difícil é convencer a embarcar em um projeto que nasceu do nada.
Marília entrou no jogo e até o momento só conseguiu fazer barulho e nada mais.
Lula queria Marília Senadora - Do contrário do que se falou a vontade de Lula sempre foi ter Marília concorrendo ao Senado pelo PT. A declaração de Lula chegou a ser dita em uma coletiva de imprensa e foi comemorada inclusive pela deputada. Lula disse que teria em Pernambuco bons nomes para o governo e para o Senado, citando Humberto Costa e Marília Arraes.
Diferente - Lula não dará o mesmo tratamento a Marília que deu a Eduardo Campos. Em 2006, Lula foi convencido a permitir duas candidaturas fazendo campanha para ele e conseguiu um feito inédito: fazer um comício colocando Eduardo e Humberto juntos. Algo impossível de acontecer com Danilo e Marília.
Tiro no pé - Marília ao confirmar sua pré-candidatura a governadora, arrisca de vez o seu mandato. Pela Frente Popular teria todo um conjunto de forçar que poderiam lhe garantir um mandato de oito anos como senadora. Quem também estava disposta a tê-la como companheira de chapa era a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB). Perdendo, Marília ficará sem mandato.
No PL - O deputado Pastor Eurico se filiará no próximo dia 25 ao PL, partido do presidente Bolsonaro e do pré-candidato a governador, Anderson Ferreira. Eurico deixa o Patriota que comandava no estado até então.
Roda de conversa - A UVB (União dos Vereadores do Brasil) promove uma roda de conversas com os pré-candidatos ao governo. Já confirmaram presença: Miguel Coelho (União Brasil), Raquel Lyra (PSDB) e Danilo Cabral (PSB). O encontro acontece em Triunfo nos dias 23 a 26 de março.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do Silvinho.
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