No levantamento do IBGE sobre o desempenho dos Estados no crescimento do PIB em 2021, Pernambuco ficou em 12º lugar, sem nenhum destaque que chame atenção, enquanto o Distrito Federal manteve-se como a Unidade da Federação com o maior Produto Interno Bruto per capita brasileiro: R$ 92.732,27. O resultado é 2,2 vezes maior que o PIB per capita geral do País, que ficou em R$ 42.247,52 em 2021, após um aumento de 17,6% em valor em relação a 2020, quando era de R$ 35.935,74.
O Mato Grosso teve o segundo maior PIB per capita – R$ 65.426,10, seguido por Santa Catarina (R$ 58.400,55), São Paulo (R$ 58.302,29), Rio de Janeiro (R$ 54.359,61), Rio Grande do Sul (R$ 50.693,51), Mato Grosso do Sul (R$ 50.086,07), Paraná (R$ 47.421,76), Espírito Santo (R$ 45.353,81) e Minas Gerais (R$ 40.052,13). Pela primeira vez na série histórica, São Paulo não ocupou a segunda posição no ranking de maiores PIBs per capita, descendo em 2021 à quarta posição.
Já o Rio de Janeiro, que iniciou a série com o terceiro maior PIB per capita do País, deixou a sexta posição ocupada em 2020, seu mais baixo patamar, subindo ao quinto lugar em 2021. Apenas Unidades da Federação do Sudeste, Sul e Centro-Oeste apareceram entre os dez maiores PIB per capita do País.
No Centro-Oeste, além da primeira posição ocupada pelo Distrito Federal, Mato Grosso saiu da 11ª para a segunda posição, entre 2002 e 2021. Mato Grosso do Sul ocupou a sétima posição em 2021, avançando uma posição ante 2002, enquanto Goiás caiu da 10ª para a 11ª posição, no mesmo período. O menor PIB per capita do País em 2021 foi o do Maranhão, R$ 17.471,85.
Os dados do IBGE mostram que, passado o choque inicial provocado pela crise sanitária em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento em todas as 27 unidades da federação no ano seguinte, em 2021. Os maiores avanços foram registrados no Rio Grande do Sul (9,3%), Tocantins (9,2%) e Roraima (8,4%).
Na média nacional, o PIB avançou 4,8% em 2021, recuperando-se da queda registrada em 2020, provocada pelo choque da pandemia de Covid-19. Em São Paulo, a atividade econômica cresceu 4,7% em 2021, totalizando R$ 2,720 trilhões. O Estado concentrou uma fatia de 30,2% do PIB nacional.
Bahia, a vitrine do NE – No Rio de Janeiro, o PIB cresceu 4,4% em 2021, respondendo por 10,5% de todo o PIB brasileiro. Minas Gerais, com avanço de 5,7% na economia regional em 2021, respondeu por 9,5% do PIB nacional. Os demais Estados com as maiores fatias no PIB brasileiro em 2021 foram Rio Grande do Sul (6,5% de participação no total nacional), Paraná (6,1% de participação), Santa Catarina (4,8%), Bahia (3,9%) Distrito Federal (3,2%), Goiás (3,0%) e Pará (2,9%). As menores fatias no PIB entre as unidades da federação foram as de Roraima (0,2%), Amapá (0,2%) e Acre (0,2%).
Alagoas, a grande surpresa – No Nordeste, a variação média de crescimento do PIB em 2021 foi de 4,3%. Alagoas registrou o maior desempenho em termos de acréscimo em volume, com 6,3%. Já a Região Norte teve aumento de 5,2%. Apenas Rondônia (4,7%) e Pará (4,0%) tiveram resultado inferior à média nacional, enquanto a Região Sul teve a maior variação, 6,5%, devido ao desempenho do Rio Grande do Sul.
SP e RJ abaixo da média – Na Região Sudeste, a alta em volume foi de 4,8%, mesma taxa verificada no Brasil. Espírito Santo e Minas Gerais, cresceram 6,0% e 5,7%, respectivamente. As altas de São Paulo (4,7%) e Rio de Janeiro (4,4%) foram inferiores à média nacional. Já o Centro-Oeste teve a menor variação (1,9%), devido ao resultado negativo na agropecuária.
A fortaleza do agronegócio – Em 2023, o PIB brasileiro ainda tem sido ajudado pelo bom desempenho do mercado de trabalho formal e do agronegócio. O País colheu uma supersafra e se beneficiou de preços ainda elevados das commodities no cenário internacional. O primeiro trimestre (do agronegócio) foi muito forte e teve efeitos indiretos seja em setores de logística e até financeiros. Nos próximos anos, a previsão é que a economia brasileira tenha um desempenho muito próximo ao da nova faixa do PIB potencial.
Crescimento tímido em 24 – Para 2024, a estimativa no relatório Focus, pesquisa divulgada pelo Banco Central com uma centena de economistas, é que o PIB cresça 1,5%, subindo para 1,93% em 2025 e 2% em 2026. Nesse cenário, não se espera uma grande aceleração do crescimento. Uma nova subida de patamar só virá com a volta do investimento, que está praticamente estagnado, e a redução das incertezas fiscais. Se o País conseguir melhorar o desempenho das contas públicas, os juros da economia poderão ser reduzidos.
CURTAS
JOÃO PESSOA – Em nova maratona de lançamentos da biografia de Marco Maciel pelo Nordeste, João Pessoa foi escolhida hoje para uma tarde de autógrafos. Está marcada para o Salão Nobre da Assembleia Legislativa da Paraíba, a partir das 15 horas. Amanhã, será em Natal.
HOMENAGEM CEARENSE – O Ceará fará uma grande homenagem a Marco Maciel na próxima quinta-feira, durante lançamento da biografia do ex-vice-presidente na Assembleia Legislativa, às 18 horas. Lideranças que conviveram com o político pernambucano, como os ex-governadores Gonzaga Mota e Lúcio Alcântara, tomaram a iniciativa.
Perguntar não ofende: Por que o PIB pernambucano tem crescido num patamar tão tímido?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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