quinta-feira, 21 de abril de 2022

PT reafirma pleito pelo Senado. GTE cita Teresa. PSB pondera. Nome sai até segunda

 

Além do governador Paulo Câmara, da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, e do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que almoçaram juntos em Brasília, nesta quarta-feira (20), como a coluna antecipara, também sentaram à mesa, José Guimarães, coordenador do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) nacional do PT e Paulo Teixeira, também membro do GTE. Como resultado, houve acordo, dizem fontes que acompanham as articulações. Fazem referência à composição da chapa majoritária encabeçada pelo PSB em Pernambuco.

O PT reafirmou o pleito pela vaga do Senado. O PSB fez uma ponderação no sentido de acomodar um nome petista na vice. Há de haver um consenso até o dia em que o ex-presidente Lula anuncia sua pré-candidatura ao Planalto, o que está previsto para ocorrer no próximo dia 7. Mas, em uma costura intermediária, houve nova reunião, ontem, do GTE nacional com petistas de Pernambuco. Foi após o almoço entre Paulo, Gleisi, Siqueira, Guimarães e Teixeira.

Na ocasião, pela primeira vez, o GTE colocou, em público, o nome da deputada estadual Teresa Leitão como viável para a a montagem em questão. O movimento se dá a despeito de o PT ter tirado Resolução Indicativa em favor do nome do deputado Carlos Veras para concorrer à Casa Alta. Foi dito aos petistas locais que ele precisam chegar a um denominador comum em relação ao nome que vai para chapa até a próxima segunda-feira (25).

Até lá no máximo, o PT-PE deve resolver se mantém Carlos Veras ou se aceita o apelo da nacional em relação a Teresa. O partido trabalha com a hipótese Senado. Nas hostes socialistas, enquanto isso, uma bolsa de apostas passou a se dar dando conta de que Teresa pode vir a ser nome para vice. O PSB ponderou, o PT não cravou de cara que concordou, mas haveria, revela uma fonte envolvida nas negociações, um "combinado" como pano de fundo disso tudo.

Ainda que o senador Humberto Costa, quando retirou sua pré-candidatura ao Governo do Estado, tenha obtido de Gleisi e de Lula, garantia de que a direção nacional não interferiria na situação de Pernambuco, desfechos, no PT, referentes a majoritárias, devem passar pelo crivo da nacional e é isso que deve ocorrer ao fim e ao cabo. Em função disso, como a coluna cantara a pedra, a reunião, na Capital Federal, ontem, na sede do PSB, teve o condão de ser determinante.

Em defesa de André 
Quem saiu em defesa de André de Paula para o Senado foi Raul Henry, presidente do MDB-PE. Indagado, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, sobre a chapa majoritária, disse que o governador tem a confiança e delegação de todos os partidos da Frente Popular para conduzir a formação da chapa, mas sublinhou que, na sua opinião, as chapas, para serem vitoriosas, precisam ser amplas e contemplar os mais amplos setores da sociedade.

Mescla > "Na minha opinião, o melhor perfil para o Senado é o de André de Paula", assinala Raul Henry e emenda: "O maior exemplo de que essa tese é correta é que Lula foi buscar, para seu vice, Geraldo Alckmin, um homem nitidamente à sua direita".

Jurisprudência > O dirigente do MDB conclui: "Se essa regra não valesse, Miguel Arraes não teria feito isso a vida toda. Jarbas não teria ido buscar o PFL e Lula não teria ido buscar Alckmin. Arraes foi buscar Antônio Farias. Jarbas foi buscar Marco Maciel e Roberto Magalhães e Lula foi buscar Alckmin".

Fonte: Folha de PE.

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