A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou nesta segunda-feira, 25, que os presidentes do MDB, PSDB e União Brasil serão responsáveis por estabelecer critérios para definir o nome que encabeçará a disputa ao Planalto. A fala foi dada durante entrevista à RedeTV, ao ser questionada sobre a razão para o adiamento do jantar que aconteceria hoje em São Paulo para definir as regras e o calendário do colegiado. As três legendas negociam o lançamento de candidatura única à Presidência.
Uma nota divulgada pela assessoria do ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) informou que o encontro foi adiado a pedido de Tebet e Bivar, ambos pré-candidatos. A senadora respondeu, durante a entrevista, que não sabe o porquê de o encontro ter sido cancelado, mas disse que já tinha compromissos marcados em Brasília e que Bivar está em viagem ao exterior.
"Foi uma das razões do cancelamento. Mas é importante dizer que nós não precisamos estar nesse jantar. Quem tem que decidir qual é o critério a ser adotado, se vai ser uma pesquisa qualitativa, quem é o mais rejeitado, conta ou não conta, quem está despontando nas pesquisas. Quem vai escolher qual é o critério da escolha do pré-candidato são os presidentes de partido porque assim que reza a nossa regulamentação eleitoral e partidária", disse Tebet.
A senadora declarou que deu uma procuração em branco para o presidente do MDB, Baleia Rossi, "que é quem tem a legitimidade de, junto com os demais partidos, escolher um critério". "Não serão os pré-candidatos a definirem esses critérios", completou.
Como mostrou o Estadão, o grupo de Doria defende a contratação de uma pesquisa de intenção de voto quantitativa que, segundo o paulista, seria "incontestável". No entanto, o MDB e o União Brasil resistem, por avaliarem que a rejeição do tucano é muito grande.
Frente ampla
Questionada sobre a possibilidade de incluir o pré-candidato à presidência pelo PDT, Ciro Gomes, nesse grupo de discussão da chamada terceira via, Tebet respondeu que "não é só possível, como necessário". "Acho Ciro Gomes um grande quadro, que tem a coragem de falar aquilo que pensa. A gente pode não concordar com tudo que ele apresenta, principalmente na pauta de economia, mas ele tem a grandeza de dizer o que está em risco no Brasil", afirmou a senadora durante a entrevista.
Na semana passada, o pedetista voltou a dizer que persistirá no diálogo com o União Brasil e o PSD. Segundo ele, o obstáculo, que era ter o ex-juiz Sérgio Moro (União Brasil) na corrida eleitoral, está superado, o que abre caminho para as conversas com outros partidos.
Fonte: Estadão.
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