sexta-feira, 29 de abril de 2022

Ainda é cedo para dizer que a polarização não vai influenciar

 

Até o momento a nacionalização do debate entre Lula e Bolsonaro que vão para uma eleição bastante polarizada não atingiu a eleição em Pernambuco, nem para o nome apoiado oficialmente pelo ex-presidente Lula que é o pré-candidato do PSB, Danilo Cabral, nem para o nome apoiado oficialmente por Jair Bolsonaro que é o pré-candidato Anderson Ferreira. Ambos estão ainda patinando nas pesquisas eleitorais. No entanto, em ambos os levantamentos quando o nome de Danilo é apresentado como sendo o candidato de Lula e o de Anderson Ferreira como o candidato de Bolsonaro, os números mudam favoravelmente para ambos.

Ainda é cedo para dizer se a polarização irá influenciar diretamente na eleição estadual, até porque o cenário é bem diferente dos outros anos quando tínhamos realmente um candidato lulista e um outro contra Lula. Hoje, no campo oposicionista temos Marília Arraes que diz que é Lula e com direito a usar fotografias do ex-presidente. 

Desde o ano de 1998 que Pernambuco acostumou a polarizar o debate como se faz no âmbito nacional. Apoiado por FHC que se reelegera em 1998, Jarbas Vasconcelos chegou ao comando de Pernambuco. Em 2002, mesmo sendo derrotado por Jarbas na campanha pela reeleição, Humberto Costa teve uma votação histórica para governador. Vinha de um embalo que foi a eleição de João Paulo para a Prefeitura do Recife.

A polarização ficou ainda mais clara a partir de 2006 quando Lula apoiou Eduardo Campos e Humberto Costa contra Mendonça Filho que era o candiato anti-Lula no estado. Eduardo conseguiu ir para o segundo turno e venceu Mendonça. Naquela campanha a imagem de Lula foi usada em guias eleitorais de Eduardo apesar das fortes críticas do PT que queriam a exclusividade do presidente para Humberto, algo que acabou quando Lula veio ao estado e fez um comício com os dois em cima do palanque e ainda dizendo: "volto para fazer campanha para quem for ao segundo tuno".

Em 2018, Paulo Câmara e Armando Monteiro protagonizaram um forte embate onde Paulo defendia abertamente o nome de Lula e Haddad e Armando Monteiro deixou o seu palanque à vontade sem declarar nenhum apoio a algum presidenciável. 

2022 está sendo um ano atípico: temos dois nomes fortes para presidente da república: Lula e Bolsonaro. Uma rivalidade que está presente em todas as esferas da sociedade. Será que a presença de Lula em Pernambuco, realizando um comício e pedindo votos para Danilo Cabral não vá influenciar uma parcela do eleitorado? do outro lado, será que a presença de Bolsonaro em Pernambuco, pedindo votos abertamente para Anderson Ferreira não vá influenciar os seus eleitores?

O questionamento fica. Os atos virão para sanar nossas dúvidas para não dizer "ainda é cedo" para obtermos esta resposta.

André de Paula - Após declarações e reuniões entre os comandos do PT, PSB e PSD, André de Paula deve mesmo compor a chapa da Frente Popular para o Senado em Pernambuco. O acordo envolveria não apenas Pernambuco, mas também o apoio do PT ao candidato do PSD em Minas Gerais. Agora, todo o trabalho se dará para o convencimento do PT de Pernambuco. Em troca, o PSD liberará seus diretórios nos estados e não apoiará nenhum nome para presidente oficialmente.

Influência - Um exemplo de como funciona a polarização nacional aconteceu no Rio de Janeiro em 2018. Naquele ano quatro nomes conhecidos dos cariocas lideravam as pesquisas de intenção de votos desde o início da campanha, foi quando Wilson Witzel recebeu o apoio de Bolsonaro e foi para o segundo turno conseguindo vencer Eduardo Paes.

Identificação - Muitos eleitores ainda não estão conseguindo identificar quem é o nome de Bolsonaro na disputa pelo Governo do Estado. Alguns acreditam que seja Miguel Coelho e não Anderson Ferreira o nome que recebe o apoio do presidente. O motivo é óbvio: o senador FBC passou três anos como líder de Bolsonaro no Senado e em diálogo aberto com o presidente. Logo, muitos acreditam que essa ligação beneficia Miguel dentro da ala bolsonarista.

Novas eleições - A cidade de Joaquim Nabuco vai realizar novas eleições nos próximos meses. Após o TSE negar em plenário virtual o recurso do ex-prefeito Neto Barreto (PTB) que tentava voltar ao comando do município, a cidade se prepara para viver novas eleições no segundo semestre de 2022. Caberá ao TRE anunciar a data das eleições.

Olinda - O prefeito professor Lupércio (SD) concedeu aumento de 10% para todo o funcionalismo público municipal. Metade do aumento virá na folha do mês de maio. E a outra metade no mês de setembro. Já os professores da rede pública do município terão aumento de 34%, um percentual acima do piso nacional.

Saldo positivo - O Recife acumulou saldo positivo de 2.321 empregos com carteira assinada, gerando um crescimento de 0,46%em relação a fevereiro. Esse foi o terceiro mês de alta consecutiva no indicador, segundo mostra o novo balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), divulgado ontem. No mês passado, foram 16.572 contratações frente a 14.251 desligamentos, totalizando o estoque de 503.199 postos de trabalhos ativos. Somando o desempenho do primeiro trimestre de 2022, já são 6.441 empregos de saldo, com crescimento de 1,30%.

Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do Silvinho.

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