Por Juliana Albuquerque – repórter do Blog
A aprovação do Projeto de Lei Complementar 712/2023, na última terça-feira, por um placar folgado de 30 votos a favor e 15 contra, ampliou a discussão sobre a falta de diálogo do Governo Raquel Lyra (PSDB) com as diversas categorias que compõem o funcionalismo público.
A categoria da Educação, infelizmente, levou a pior no jogo político da arrogância e prepotência de um Governo que, simplesmente, abandonou o diálogo para empurrar garganta adentro um reajuste que exclui mais de 52 mil profissionais de qualquer atualização salarial este ano.
Mas, se de um lado o Governo se sente vitorioso por ter conseguido convencer a maioria dos deputados, inclusive até do PSB, partido opositor, o sindicalismo de excelência construído por Ivete Caetano, nome à frente do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sintepe), promete continuar a fazer seu papel.
Vai votar, já na próxima quarta-feira (5), em Assembleia Geral da categoria, a decretação de greve geral. Com isso, assim que terminar o recesso escolar, no início de agosto, cerca de 500 mil estudantes da rede estadual de educação serão penalizados pela falta de compromisso do Executivo com a Educação.
Sem capacidade – Inconformada com o desprezo pelo diálogo da governadora Raquel Lyra, a deputada Gleide Ângelo (PSB) disparou da tribuna da Alepe, durante a votação do PL 712. “Falta capacidade administrativa e política desse governo. Administrativa do ponto de vista de gestão, com seis meses de governo e crianças sem UTI, delegacias sem delegados. Capacidade política de dialogar. Se não quiser dialogar, melhor pedir para sair”, disparou a parlamentar.
Só lamento – O deputado petista João Paulo usou seus mais de 50 anos na luta sindical para lamentar a forma como o PL 712 foi conduzido pelo Executivo. “Acredito que a governadora poderia ter atendido a tão nobre pleito de uma categoria organizada que, por unanimidade, pediu um tempo para poder retornar à negociação. Acredito que esse tempo poderia ter sido negociado sem comprometer nada do processo de negociação”, lamentou.
“Não estou morto” – Sem poder se candidatar a qualquer cargo político até as eleições de 2030, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se prepara para atuar como “cabo eleitoral” da direita já no pleito municipal de 2024. Em Belo Horizonte (MG), o líder da extrema-direita brasileira falou à imprensa logo após o veredicto de 5 x 2 dado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível. Segundo ele, a Corte “condenou pela primeira vez alguém por abuso de poder político” em um “crime sem corrupção”. Bolsonaro, no entanto, procurou não entregar os pontos ao assegurar que, politicamente, “não está morto”.
Saiu em defesa – Fala do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL) sobre a inelegibilidade de Bolsonaro: “É uma derrota para a democracia. Um presidente que nunca respondeu por atos de corrupção perder o direito de tentar reeleição, quando conquistou quase metade dos votos dos país na última eleição. Mais de 58,2 milhões de brasileiros votaram em Bolsonaro, que perdeu seus direitos políticos por exercitar a sua liberdade de falar. Nem Dilma Rousseff, que foi retirada do Governo por impeachment, ficou inelegível”.
Vice absolvido – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolveu, por unanimidade, ontem, o general Walter Braga Netto (PL), candidato a vice-presidente da chapa liderada por Jair Bolsonaro (PL) em 2022, das acusações de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Os candidatos da chapa do PL eram investigados em uma ação apresentada pelo PDT. A sigla questionou a legitimidade de uma reunião na qual o então presidente Jair Bolsonaro reuniu embaixadores de países estrangeiros para fazer ataques sem fundamento ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas.
CURTAS
PE-50 INTERDITADA – O Governo do Estado interditou o trecho Limoeiro – Feira Nova da rodovia PE-50, ontem. O bloqueio é uma ação preventiva de segurança após a barragem de Carpina ter atingido 100 milhões de metros cúbicos de acumulação de água, por causa do aumento do volume de chuvas no Grande Recife e na Zona da Mata.
PREVISÃO – As chuvas que atingem o Grande Recife e a Zona da Mata desde o início do feriado de São João vão se estender ao longo desta semana até a primeira metade de julho. Segundo a Apac, as médias de chuva esperadas para os próximos meses em todo o Grande Recife são de 314 milímetros, em julho, e 176,9 milímetros em agosto.
Perguntar não ofende – O que Raquel vai fazer para impedir a greve dos professores da rede estadual?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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