A comunidade de Garanhuns perdeu completamente o entusiasmo pelo Festival de Inverno, o tradicional FIG. Pela primeira vez, depois de tantos anos com um modelo que fazia o maior sucesso, atraindo multidões e milhares de turistas, o evento foi desfigurado na gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB).
O chamariz do público ao FIG era a múltipla e atraente grade musical, com celebridades da MPB e até atrações internacionais. No modelo imposto pela governadora, a grade se resume aos artistas regionais com raríssimas exceções de um nome nacional que possa despertar atenção e interesse.
Pelas redes sociais, os desapontados, especialmente os jovens, que esperam a festa o ano inteiro com grande ansiedade, passaram a criar memes debochando com o FIG, seus organizadores e a própria governadora, principal alvo das chacotas. Chegaram até a ensaiar o enterro simbólico do festival para a semana em que está marcado, a última de julho.
O desastre do FIG começou quando a governadora optou pela sua politização, delegando ao seu líder na Assembleia Legislativa, Izaías Régis (PSDB), ex-gestor do município e adversário figadal do prefeito Sivaldo Albino, toda a condução do evento, inclusive a definição do seu período de realização.
Sivaldo, aliás, foi, literalmente, rifado de qualquer participação na discussão do evento. Pediu audiência com a governadora, mas sequer recebeu uma satisfação. Raquel “Maldade” fez pior: anunciou a data do FIG sem um comunicado prévio ao prefeito, gesto mesquinho, condenado pelas redes sociais. O prefeito soube pelos jornalistas. A esta altura, até ele, que é o anfitrião, parceiro na promoção, perdeu a esperança de que o festival venha a se transformar num retumbante sucesso, como nos anos anteriores, nos quais o Estado respeitava e prestigiava a parceria com a Prefeitura.
Hotéis cancelados – Quem está pagando a conta pelo fiasco do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) são os proprietários de hotéis, pousadas e restaurantes. Várias reservas na rede hoteleira foram canceladas. Em meio ao bombardeio sofrido nas redes sociais, o Governo do Estado chegou a cancelar e tirar do ar uma página no Instagram direcionada ao evento.
Arrego de última hora – Depois de abandonar o prefeito de Garanhuns, alijando-o de qualquer participação na organização do FIG, os “brilhantes” da Fundação de Cultura do Estado pediram arrego a Sivaldo Albino. Deram carta branca para ele contratar artistas, mas até ontem os mais requisitados, como Paula Fernandes e Zé Ramalho, não tinham mais espaço na agenda para o período do festival.
Rachado ao meio – O Republicanos, partido do deputado pernambucano Silvio Costa Filho, cotado para assumir o Ministério dos Esportes, não vai aderir oficialmente ao Governo. Mas como o União Brasil, que tem três ministérios e a bancada não vota na sua totalidade com o Governo, a tendência é de um racha, no qual Silvio ministro deve levar para o Governo pelo menos entre 15 a 20 votos de uma bancada de 41 parlamentares.
O mundo gira – O senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro e até hoje defensor ferrenho do bolsonarismo, pode ganhar um pedaço importante no Governo Lula. Personagens graúdos do Centrão dão como quase certa a chance de Ciro indicar o novo comando da Caixa Econômica Federal, que estaria incluído no pacote da negociação travada pelo Planalto com o presidente da Câmara.
Ossesio de volta – Se Silvio Costa Filho for confirmado no Ministério dos Esportes, na próxima semana, quando Lula anuncia uma minirreforma ministerial, assume em seu lugar na Câmara Federal o primeiro suplente Ossesio Silva, da bancada do Republicanos. Ele já teve dois mandatos em Brasília, mas não conseguiu emplacar a reeleição no ano passado, perdendo a vaga para o deputado Augusto Coutinho, ex-Solidariedade.
CURTAS
CASSADOS – Por falar em Republicanos, em São Caetano, no Agreste, três vereadores perderam seus mandatos em consequência da desobediência do partido à cota de gênero. Ana Lúcia da Silva, uma das candidatas para fechar a cota, foi julgada como postulante fake pelo desembargador Rodrigo Cahu Beltrão. Ficaram sem mandato César Andrade Moreira, João Sebastião dos Santos e José Francisco de França.
NO RIO – Aliado histórico de Marco Maciel, o ex-ministro da Educação e agora deputado federal Mendonça Filho (UB), confirmou, ontem, sua presença no lançamento do livro “O estilo Marco Maciel”, de minha autoria, no dia 24 de agosto, às 17h30, na Academia Brasileira de Letras, no Rio.
Perguntar não ofende: Na minirreforma, Lula mexe também no comando do Banco do Brasil?
Fonte: Blog do Magno Martins.
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