sábado, 2 de abril de 2022

Roberto Freire: "Lula e Bolsonaro são meio naftalina. Tebet e Leite renovam"

 

Presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, à coluna, realça que seu partido e o PSDB deram entrada, nesta sexta-feira (01), em cartório, no pedido formal de registro da federação partidária.

Em meio às articulações que envolveram, nos últimos dias, a pré-candidatura de João Doria à Presidência da República, Freire pondera o seguinte:

"João Doria é candidato, hoje, da federação, porque ganhou as prévias. Mas, se houver coligação na majoritária, da federação com MDB, União Brasil ou qualquer outro partido que queira coligar na majoritária para presidente, isso não tem nada a ver com prévia do PSDB".

Em outras palavras, Freire traduz: "Porque as prévias do PSDB não podem se impor à convenção de todos esses partidos".

Ou seja: as prévias legitimam a postulação de Doria, mas isso vale para dentro do ninho tucano.

Caso o assunto venha a ser debatido no conjunto de partidos que estudam uma candidatura única que represente uma terceira via, a decisão da convenção dessas legendas irá se sobrepor às prévias do PSDB. Ainda no início de março, à coluna, o presidente nacional do tucanato, Bruno Araújo, informou que um "pacto nacional" de candidatura única para corrida presidencial estava sendo construído pelo MDB, União Brasil e pela federação que compreende o PSDB e o Cidadania.

"Vai haver um documento de candidatura única, de unidade e convidando outras forças políticas a integrarem esse conjunto", revelara Bruno, em primeira mão, à coluna.

E completara: "Estamos tratando firmemente, nas presidências desses partidos, de construir uma carta de compromissos à sociedade".

Uma candidatura única desse conjunto, então, seria, conforme têm dito aliados do PSDB em conversas reservadas, a única maneira, via conciliação, de fazer Doria recuar do projeto de encabeçar uma chapa majoritária. Roberto Freire não arrodeia sobre essa hipótese.

"Pode até haver três candidatos, um de cada partido. A coligação escolhe entre os candidatos que as convenções desses partidos escolherem e eles não estão obrigados a atenderem as prévias do PSDB".

O respeito às prévias valem "para dentro do PSDB", prossegue Freire.

O dirigente nacional do Cidadania observa que, considerando o PSDB, União Brasil e MDB, há em jogo os nomes de Doria, Eduardo Leite e Simone Tebet.

"Essa coligação teria essas três alternativas. É possível juntar dois deles”, diz Freire e adverte: 'Bolsonaro e Lula são uma coisa meio naftalina na sociedade, são coisas atrasadas. Tebet e Eduardo Leite renovam muito, que dão ideia de compromisso com o futuro'".


Senado ou vice, ainda sem anúncio
Raquel Lyra comanda, neste sábado (2), às 10h, na Arena Caruaru, ato que marca o início de sua caminhada na corrida pelo Palácio das Princesas. Priscila Krause, que tem lugar já certo na chapa majoritária junto com a tucana, como a coluna cantara a pedra, estará presente. Não haverá, no entanto, ainda anúncio de qual espaço ela ocupará nessa composição. Pode ser o Senado, mas pode também ser a vice. A ideia é deixar margem para, eventualmente, se atrair novos componentes a esse conjunto.

Porém > A filiação de Julio Lossio Filho ao Solidariedade, na avaliação de alguns integrantes da Oposição, pode acabar inviabilizando uma aproximação do cojunto de Miguel Coelho com Marília Arraes. Isso porque os Coelho são adversários ferrenhos dos Lossio em Petrolina.

Firme e forte > À coluna, Julio Lossio Filho diz o seguinte: "Não posso falar por Marília, nem por Miguel. Representamos um projeto político diferente do que ele representa e permanecerá assim, independente do que for". Julio Lossio Filho, no entanto, acredita que tanto Marília como Miguel levam suas postulações até o fim, mas pondera: "No 2º turno, todo mundo é bem-vindo”.

Fonte: Folha de PE.

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