A janela partidária para a troca de legenda dos parlamentares se encerrou na última sexta-feira, e o fim do prazo trouxe um reforço para o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, que tem o apoio formal de PL, PP e Republicanos. Com alguns ajustes que ainda precisam ser feitos, que podem modificar a composição devido a atualização dos dados na Câmara dos Deputados, os partidos que apoiam a reeleição do presidente se fortaleceram significativamente.
Até o final de semana, o PL contabilizava 73 deputados federais, um crescimento de 40 parlamentares em relação ao resultado obtido pelo partido em 2018, o PP saltou de 37 para 50 deputados e o Republicanos foi de 30 para 45. Partidos como PTB, PSC, PROS e Patriota, que também estarão na coligação do presidente somam mais 30 deputados, perfazendo um total de 198 parlamentares que estarão nos partidos da coalizão governista.
O PT do ex-presidente Lula ficou com 56 deputados, já o PSB ficou com 25, enquanto PV, PCdoB, Solidariedade, PSOL e Rede Sustentabilidade, que ficarão na coligação do PT, atingiram juntos 31 parlamentares, perfazendo um total de 112 parlamentares. A chamada terceira via, que busca um entendimento com União Brasil, PSDB, Cidadania, MDB e Podemos figura com 124 deputados, com destaque para o União Brasil com 47 deputados.
PSD que não tem candidato a presidente ficou com 43, PDT que tem Ciro Gomes com 20, Avante que tem André Janones e o Novo que tem Luiz Felipe D’Avila ficaram cada um com oito parlamentares, o que mostra a superioridade dos projetos de Jair Bolsonaro e Lula em relação aos demais e exige a unidade da terceira via para construir alguma alternativa à dicotomia eleitoral instituída no país.
Hegemonia – Com o término das filiações, o PSB manteve sua hegemonia na Câmara dos Deputados com cinco deputados federais e na Assembleia Legislativa de Pernambuco com quinze deputados estaduais. A força do PSB é um dos ativos de Danilo Cabral na construção da sua pré-candidatura ao Palácio do Campo das Princesas.
Ficou – Diferentemente de alguns colegas governadores, e confirmando o que já havia dito, o governador Paulo Câmara ficou no cargo até 31 de dezembro, abrindo mão de disputar um mandato eletivo este ano e garantindo o controle da sua sucessão em outubro, que terá Danilo Cabral como representante da manutenção da hegemonia da Frente Popular em Pernambuco.
Zona de risco – Quatro deputados federais presidentes de partido decidiram se manter em suas respectivas legendas, foram eles: Raul Henry (MDB), Ricardo Teobaldo (Podemos), Sebastião Oliveira (Avante) e Wolney Queiroz (PDT). Agora, terão que administrar o risco de esvaziamento da chapa ou de alguém ter mais votos que eles e o partido só eleger um.
Brasília – A partir de hoje estarei na capital federal para acompanhar de perto as movimentações após o fim do prazo de desincompatibilização e de filiações para as eleições deste ano. Será uma semana de muito trabalho e vocês podem acompanhar tudo pelo nosso blog e pelas nossas redes sociais.
Inocente quer saber – Quem saiu fortalecido na oposição com o fim da janela partidária?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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